A nova era exige superlíderes disruptivos
Jaqueline Weigel*
A era 4.0 vem rompendo fronteiras, desafiando modelos e criando um novo mindset global entre os executivos e líderes de negócio. Empresas exponenciais e disruptivas surgem a todo momento e exigem um novo perfil de líderes. A transformação, já em andamento, vem confrontando o que conhecemos sobre gerenciar negócios e pessoas.
Nesse sentido, o World Economic Forum Latin America – evento que reuniu, em São Paulo, autoridades e especialistas para discutir questões mundiais – destacou a nova era da liderança e os efeitos que ela estabelece na era digital.
O mindset disruptivo, skillnet e um network futurista global definem o influenciador dos negócios na próxima década. As habilidades deste novo líder são diretamente ligadas a propósito, consciência e a uma essência inconformada; eles são capazes de implementar ideias revolucionárias, engajar pessoas e causar impactos sociais extraordinários, desafiando de forma agressiva o status do antigo modelo capitalista.
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Empresas como Facebook, Uber, Spotify, Grupo Alibaba e Airbnb, são encabeçadas por líderes com mindset especial, disruptivo e exponencial, como Elon Musk, por exemplo, que não se resume a um milionário excêntrico, mas que quebra regras tradicionais e transforma a forma habitual de pensar e fazer negócios em verdadeiras jornadas com ambições sociais.
Os executivos que desejam permanecer no mercado de trabalho precisarão se ajustar aos novos modelos propostos pela Revolução 4.0. Segundo a pesquisadora, enquanto o executivo linear pressiona por resultados, é motivado pelo poder, pelo comando-controle e decide olhando para o passado, o novo líder, entretanto, trabalha por paixão, cria engajamento, colaboração, constrói legado e faz com que os negócios monetizem mais e em menos tempo, de forma inteligente e funcional.
Os executivos e as áreas de desenvolvimento corporativo não estão olhando com a devida atenção para a importância de aprender sobre estes modelos. A falta de profissionais com este novo mindset pode fazer com que o País fique ainda mais atrasado no assunto inovação perante o mundo. É necessário um olhar mais amplo e estratégico sobre os temas 4.0. A cultura, a ausência ou a distância dos líderes digitais do restante das pessoas da empresa, e a ausência clara de estratégia para os programas de inovação aparecem como as grandes lacunas no momento atual de discussões sobre o futuro dos negócios.
De acordo com a Singularity University, universidade do Vale do Silício (EUA) apoiada por Google e Nasa, os quatro pilares básicos do líder disruptivo e exponencial são: futurista, tecnologista, inovador e movido por impacto. Cada pilar tem características e habilidades que formam uma rede de competências e um estado de ser único deste que é o grande influenciador do mundo atual. No Brasil, a W Futurismo aplica o estudo da Singularity, preparando líderes neste novo formato.
Líderes disruptivos trabalham por grandes ambições e propósitos, e tem como consequência a monetização, unindo impacto global a resultado de negócios. Já o modelo de liderança tradicional não tem condições de competir com este novo formato. É engessado, pautado pelo medo e pela escassez de recursos, o que gera baixa criatividade e altos índices de desmotivação por partes dos colaboradores.
Essa nova figura de liderança conduz seus projetos com staff sob demanda que cresce com o negócio. Trabalha de forma horizontal, decide de forma ágil com base em dados, usa Foresight, constrói a cultura de inovação, influenciando fortemente os talentos da Transformação Digital.
* CEO da W Futurismo, que ministra em setembro o curso Liderança Exponencial em Belo Horizonte
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