Opinião

Ameaças do aquecimento global

Ameaças do aquecimento global
Crédito: Divulgação

“Atentar para os sinais é preciso” (Anna Mayã, poeta)

Aquecimento global, efeito estufa, mudança climática, adelgaçamento da camada de ozônio, degelo nas calotas polares, abalos sísmicos, elevação do nível das águas oceânicas. Tudo isso e muitas outras ocorrências na linha dos desastres naturais rondam assustadoramente este nosso maltratado planeta azul. A ciência atenta aos sinais, aos recados frequentes da mãe Natureza, emite alertas, brada por decisões que carecem serem adotadas no âmbito de competência das lideranças políticas mundiais, no sentido de impedir o caos pressentindo para tempos vindouros na marcha humana.

O negacionismo científico, cuja origem está enraizada no fundamentalismo religioso e político, desdenha as sensatas advertências. Elas não passariam, segundo zuretadas “teorias da conspiração”, de maquiavélico conluio de cientistas, ambientalistas, mídia, e determinados consórcios ideológicos, econômicos e religiosos empenhados na subjugação da sociedade…

Forçoso reconhecer, todavia, que o “negacionismo científico” não representa o único obstáculo contraposto ao atingimento das metas fixadas pelas sucessivas “cúpulas do clima”, que reúnem periodicamente a quase totalidade dos países membros da ONU.  Dá pra perceber nitidamente, no acompanhamento das medidas pactuadas nos encontros, que as boas intenções frustradas são em maior número que as ações realmente efetivadas. O agravamento constante da situação climática é prova indiscutível de que a questão do aquecimento global, apesar dos incrementados debates suscitados, não é confrontada com o rigor e disposição reclamados.

A recente COP 27 no Egito aprovou, outra vez mais, proposta de destinação aos países de menor capacidade econômica de recursos obtidos por força de doações das nações mais desenvolvidas, que são, justamente, as responsáveis pelo maior volume de gases poluentes lançados na atmosfera. O valor da anunciada ajuda, como já aconteceu anteriormente, deverá ser fixado mais adiante. Quer dizer: por enquanto nada do dinheiro necessário para providências solenemente reconhecidas como impostergáveis. Tudo acaba permanecendo como está, pra ver como é que fica…

Enquanto as discussões em torno da preocupante situação climática se processam nesse ritmo morno, longe do ideal, no tocante a definições cruciais, a ciência chama a atenção do mundo para novas alarmantes perspectivas. O derretimento das calotas nos Polos Norte e Sul pode provocar, além de terríveis inundações, nas zonas costeiras dos diversos continentes, a liberação de agentes patológicos, hoje em estado de hibernação nas camadas de gelo, com potencialidade para disseminação de pandemias.

A natureza nos criva o tempo todo com recados sobre o que anda rolando no planeta em razão do comportamento predatório do bicho homem. Atentar para os sinais é preciso, como não?

Êta mundo velho de guerra sem porteira!

1) Vacina – Ouço de um médico infectologista uma observação danada de intrigante.  Assinalando que a reduzida facção dos chamados “negacionistas científicos”, hoje empenhada em desacreditar a prática vacinal, pertence, de modo geral, às classes mais abastadas, ele indaga num tom um tanto zombeteiro, como essa gente se arranja, nas costumeiras excursões ao exterior com o cartão das vacinas obrigatórias nos postos aduaneiros?

2)  Figurino democrático – O vice-eleito Geraldo Alckmin e esposa foram recebidos, no Palácio Jaburu, pelo atual vice Hamilton Mourão e esposa, de forma Cortez e fidalga. Inteiraram-se de informações relevantes acerca do funcionamento da residência oficial destinada à Vice-Presidência da República. Tudo dentro do melhor figurino democrático

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