Conheça alternativas sustentáveis para o acesso ao crédito

A inadimplência, que reflete tanto as dificuldades pessoais quanto às condições econômicas gerais, tem apresentado crescimento nos últimos meses. Levantamento da Serasa, divulgado em fevereiro de 2025, revelou que em novembro de 2024, 68,62 milhões de consumidores estavam inadimplentes, representando 41,51% da população adulta, um aumento de 1,48% em relação a novembro de 2023.
Na classe média, com renda de 3 a 5 salários mínimos, 79,6% dos indivíduos estão endividados, e 27,7% possuem dívidas em atraso. Além disso, 28% dos membros da Classe C (renda entre 2 e 5 salários mínimos) possuem nome negativado, e 60% têm dívidas, dos quais 22% não conseguem pagá-las.
Já na classe alta, com renda acima de 10 salários mínimos, 75% dos indivíduos estão endividados, com 20% se considerando muito endividados. A proporção de inadimplentes nesse grupo é menor em comparação com as classes baixa e média.
É importante destacar que um dos fatores que contribuíram para essa situação foi o aumento da taxa Selic, pelo Banco Central, que alcançou 14,25% ao ano em março de 2025. O desemprego, os salários insuficientes e o endividamento excessivo também foram protagonistas dessa situação, fazendo com que as pessoas não tenham condições de arcar com os compromissos financeiros. E as consequências são desastrosas, como ações judiciais, cobranças e desequilíbrio emocional.
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Em meio a esse cenário, pessoas e empresas têm buscado alternativas mais sustentáveis para acessar o crédito, como as cooperativas financeiras, que dão acesso a produtos e serviços diferenciados somente a seus associados, fazendo com que toda a cadeira de cooperados se beneficiem. Para todos os públicos – classe baixa, média e alta -, a orientação é fazer um planejamento financeiro cuidadoso, pois, embora a alta da Selic possa aumentar a rentabilidade dos investimentos, é importante que as pessoas avaliem os perfis das modalidades de empréstimos antes da tomada de decisões.
É recomendável também manter uma reserva financeira para emergências, garantindo maior segurança em momentos de instabilidade econômica. Afinal, mesmo com oportunidades de ganhos mais atrativos, a cautela e o planejamento são prioridades para mitigar a inadimplência e, consequentemente, assegurar a saúde financeira a longo prazo.
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