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Avanço do empreendedorismo feminino no Brasil

Relatório do Sebrae mostrou que, em 2024, 34% dos empreendedores do País são mulheres
Avanço do empreendedorismo feminino no Brasil
Foto: Reprodução/Adobe Stock

Em um cenário corporativo cada vez mais orientado à diversidade e ao impacto social, o fortalecimento do empreendedorismo feminino se consolida como uma das alavancas mais relevantes para o desenvolvimento econômico e para a geração de inovação no Brasil.

Em 2024, o Relatório Técnico de Empreendedorismo Feminino do Sebrae revelou que 34% dos empreendedores do País são mulheres e que a participação delas em setores como tecnologia, serviços e comércio digital só cresce. No entanto, a falta de acesso ao crédito e a dificuldade em comprovar renda e histórico financeiro, especialmente para mulheres negras, é um dos maiores obstáculos para que as mulheres escalem em seus próprios projetos, principalmente aqueles de impacto social.

Nesse contexto, as leis de incentivo têm desempenhado papel decisivo ao conectar empresas, organizações da sociedade civil e iniciativas empreendedoras, criando um ecossistema mais robusto e sustentável para que mulheres possam empreender com autonomia, qualificação e acesso a recursos.

A utilização estratégica dos mecanismos de renúncia fiscal amplia o acesso a capital por projetos de aceleração de negócios liderados por mulheres. Empresas que aderem às Leis de Incentivo para investirem nesses projetos se comprometem com as pautas ESG, fortalecem cadeias produtivas, geram valor reputacional e auxiliam mulheres a superarem barreiras estruturais históricas relacionadas a crédito, formação e oportunidades no mercado.

Globalmente, estudos evidenciam que corporações lideradas por mulheres são mais sustentáveis financeiramente. Um levantamento da Serasa Experian revela que negócios comandados por empreendedoras têm 20% menos inadimplência e são mais estáveis. Já para a Leadership Circle, empresas com liderança feminina têm 12 vezes melhor desempenho financeiro. Ambos resultados explicam o aumento na busca das organizações por programas que promovam equidade de gênero de forma efetiva.

Entre as organizações que têm se destacado nesse movimento está a Brada, que atua como ponte entre empresas, políticas de incentivo e iniciativas de base comunitária voltadas ao fortalecimento de mulheres empreendedoras. A instituição desenvolve programas que combinam formação técnica, promoção de liderança e conexão a oportunidades de mercado, sempre com recorte de gênero e foco em grupos historicamente sub-representados.

Com uma abordagem sistêmica, a Brada alinha as estratégias corporativas, identifica demandas territoriais, estrutura projetos aderentes às leis de incentivo e acompanha indicadores socioeconômicos que comprovam a efetividade das ações. O resultado é um modelo de impacto contínuo e escalável, que capacita mulheres na geração de renda, formalização de negócios e participação na economia local e nacional.

O avanço do empreendedorismo feminino no Brasil depende de investimentos, políticas de incentivo bem estruturadas e de organizações especializadas em traduzir recursos em oportunidades reais. As empresas que compreendem essa dinâmica assumem um papel protagonista na construção de um país mais justo, inovador e economicamente forte, criando assim, um legado para as próximas gerações de mulheres.

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