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O Brasil e a lição de democracia para o mundo

Sentimento nacional está visto, pois repele com rigor os ataques antidemocráticos
O Brasil e a lição de democracia para o mundo
Crédito: Divulgação

“O Brasil deu lição Democracia ao mundo” (Educador Antonio Luis da Costa)

1) A Justiça deu a última palavra sobre a aventura golpista. Os dispositivos legais criados pela Democracia para defender-se das maquinações autoritárias funcionaram a pleno contento. As malsinadas tentativas no sentido de erodir os alicerces do arcabouço jurídico republicano esboroaram-se ao contato com os nossos foros de cidadania.

O sentimento nacional está visto, pois repele com rigor os ataques antidemocráticos. O veredito do STF proclama, alto e bom som, que não existe mais no Brasil espaço para regimes de força. A elevada graduação dos sentenciados, submetidos a julgamento irrepreensível em termos processuais, coloca em realce nossa maturidade democrática.

A forma altiva com que as instituições brasileiras reagiram aos atentados contra nossa soberania, articulados no exterior, entrelaçando insolentemente descabidas exigências políticas com tradicionais atividades mercantis, documenta outra vez mais a saudável opção feita pelo Brasil pela prevalência dos ideais republicanos e democráticos.

Toda essa história vai render, fatalmente, diversos desdobramentos políticos. A campanha eleitoral do ano vindouro será pontuada por manifestações compreensivelmente acaloradas a respeito da trama golpista transitada em julgado. Tudo faz crer que as exaltações dos palanques serão bem absorvidas no seio da opinião pública.

Parece inevitável ainda que o Poder Legislativo e o Poder Judiciário se vejam às voltas, em breve, com interrogações atinentes à dosimetria das penas aplicadas aos réus. Dá pra perceber que a revisão encontra receptividade em ponderáveis as fatias da população.

Tudo quanto exposto fornece-nos lisonjeira imagem da atualidade brasileira. Envaidece-nos, aos brasileiros, saber lidar com ameaças capazes de lesar as nossas estruturas republicanas. Sua solidez haverá de favorecer em muito as lutas da sociedade em favor da superação de problemas perturbadores que nos espreitam em matéria de desenvolvimento econômico e social.

2) Os Chefes do Executivo e Legislativo “ficaram de mal”, como se costumava dizer em tempos de antigamente. A “química” entre eles evaporou como se diz agora em tempos de Trump. Os egos inflados – é exatamente disso que se trata – podem ocasionar situações inconvenientes em tratativas de interesse público. Exceção feita aos “desordeiros políticos de plantão”, para os quais “quanto pior melhor”, o que todo mundo almeja é que as rusgas sejam logo desfeitas, de modo a não afetar o andamento normal das agendas importantes que transitam no Congresso, debaixo da vigilante expectativa popular. Caso, por exemplo, das PECs voltadas para a tormentosa questão da segurança pública.

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