Artigo

Do campo ao mercado: a potência do agronegócio brasileiro

A tecnologia tem um papel para suporte e transformação estratégica do agro brasileiro
Do campo ao mercado: a potência do agronegócio brasileiro
Crédito: Divulgação / Roberta Rocha

O agronegócio brasileiro é uma potência movida por uma cadeia complexa e interligada e uma das partes é o varejo. É nesse ambiente dinâmico que o produtor rural encontra o suporte para sua jornada produtiva e onde a colheita inicia seu caminho até a indústria e a mesa do consumidor. Revendas, cooperativas agrícolas e cerealistas são os protagonistas desse ecossistema, atuando como elos vitais que conectam a porteira ao mercado. No entanto, a fluidez e a rentabilidade dessa engrenagem dependem diretamente da capacidade de gerenciar particularidades que não se encontram em nenhum outro setor.

Estamos falando de um varejo com um ritmo próprio, ditado pela sazonalidade. A concentração de compras em janelas específicas de plantio e o volume massivo de entregas na colheita criam picos operacionais que podem testar os limites da gestão. Soma-se a isso a complexa equação do crédito rural, que vai muito além de uma simples transação financeira. Operações de barter (troca de insumos por produção futura), gestão de limites de crédito por safra e a análise de risco atrelada às variações climáticas e de mercado exigem uma inteligência de negócio apurada e, acima de tudo, ágil.

É aqui que a tecnologia assume um papel não apenas de suporte, mas de transformação estratégica. Para as revendas de insumos, que atuam cada vez mais como consultoras do produtor, uma gestão tecnológica permite não só um controle de estoque preciso e uma logística eficiente, mas também a criação de ofertas personalizadas e um relacionamento baseado em dados, compreendendo o histórico e o potencial de cada cliente.

As cooperativas, com seu papel duplo de fornecer insumos e apoiar a comercialização da produção dos cooperados, encontram na tecnologia a ferramenta para garantir transparência, agilidade e governança. A gestão integrada das contas dos membros, o controle do recebimento e armazenamento de grãos e a otimização dos processos de venda conjunta são fundamentais para fortalecer o cooperativismo nacional e maximizar o retorno para todos os envolvidos.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Já os cerealistas, que fazem a ponte direta entre a produção e os grandes mercados consumidores, dependem de uma visão em tempo real de seus contratos, posições de estoque e logística. A capacidade de automatizar a precificação, gerenciar os fretes e controlar a qualidade dos grãos desde o recebimento até a expedição é o que garante a competitividade e a segurança em um mercado de margens apertadas e alta volatilidade.

O futuro do varejo na cadeia do agro não está em tratar esses três pilares de forma isolada, pelo contrário. Está em entender que eles compõem um ecossistema único e interdependente. A verdadeira eficiência acontece com integração, onde a informação flui sem atritos, desde o pedido de um fertilizante até a liquidação de um contrato de soja. A digitalização, quando aplicada de forma especialista a essas particularidades, não apenas otimiza operações, mas fortalece relações, mitiga riscos e abre novas oportunidades de negócio e de crescimento.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas