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Cenários do agronegócio brasileiro

Cenários do agronegócio brasileiro
Crédito: Adobe Stock

O Brasil registra 851 milhões de km2, 5.568 municípios, 203 milhões de habitantes, 5,073 milhões de estabelecimentos agropecuários, PIB de R$ 9,9 trilhões em 2022, e reúne seis biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrados, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal, com suas biodiversidades, ciclos hidrológicos, climas, logísticas operacionais e estratégicas, bacias hidrográficas e vocações para plantar e criar o ano inteiro.

Em 2023, estima-se que o PIB do agro brasileiro possa somar R$ 2,6 trilhões, contra R$ 2,4 trilhões em 2022 (CNA/IBGE).

Além disso, numa contextualização geopolítica e econômica, sem outros detalhamentos, o Brasil faz divisas com o Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname, mas, no conjunto, o agro exporta para 200 países e previsão de mais de US$ 160 bilhões no mercado externo em 2023.

No mundo dos negócios, quem compra quer vender através de acordos comerciais bilaterais, o que envolverá também todos os países importadores e exportadores para além do agronegócio brasileiro superavitário desde a década de 1970, sendo um segmento indissociável, no lhe compete, do abastecimento por vias internas. “Assim posto, torna-se indispensável registrar novamente que em 2022 o setor supermercadista teve um faturamento bruto de R$ 695,7 bilhões (7,03% do PIB nacional).

Além disso, ao movimentar sinergicamente um estratégico sistema de distribuição de alimentos composto pelos supermercados, hipermercados, atacarejo, mercado de vizinhança e e-commerce, o que abrange um universo de 94.706 lojas e reúne 3,2 milhões de colaboradores diretos e indiretos espalhados pelo Brasil e atende 28 milhões de consumidores diariamente (Abras).”

Na origem primeira, no conjunto da economia e nos caminhos da comercialização, a agropecuária é a base não apenas da oferta de alimentos de origem animal e vegetal, como também dela emergem os grãos, cereais, oleaginosas.

E mais, fibras, biomassa, biodiesel, etanol de milho e cana-de-açúcar, frutas e hortaliças, segurança alimentar, pois a agropecuária é a maior fábrica de alimentos a céu aberto do mundo!

Portanto, ancoradas definitivamente na Ciência & Tecnologia & Sustentabilidade, com os previstos retornos econômicos, sociais e ambientais; uma lógica complexa e milhares de fatores associados!

Nessa caminhada territorial nem tudo poderá ser abordado num micro hectare de papel e onde se presume oferecer cenários diversos fatiados nas artes de plantar, criar, abastecer e exportar.

O consumo interno aparente de fertilizantes na agricultura passou de 6,5 milhões de toneladas em 1990 para 41,1 milhões em 2023 (532%) e estimativa de 42,8 milhões de toneladas na safra 23/24.

Ao comparar a safra de grãos de 58,2 milhões de toneladas, 89/90, com a de 319,6 milhões, 22/23, houve um avanço de 449,6%, e o Brasil importa ainda 80% dos fertilizantes. Uma forte dependência histórica num considerável horizonte de tempo, contudo, acendeu um estratégico sinal de alerta no governo. O fertilizante obtido de rochas naturais (rochagem) tem sido promissor nas agropesquisas de campo.

As safras agrícolas vêm numa crescente e onde a produtividade média das culturas aumentam e somada às boas práticas adotadas em níveis de estabelecimentos agropecuários, mas ainda há muito o que pesquisar, difundir e adotar nos cenários rurais do Brasil! Entre 2018 e 2022, as exportações do agronegócio brasileiro foram de US$ 578,11 bilhões, com um superávit acumulado de US$ 498,5 bilhões, e de janeiro a outubro de 2023 atingem US$ 139,5 bilhões e saldo de US$ 125,6 bilhões. A safra de grãos, 23/24, ocupa 78,9 milhões de hectares ou apenas 9,2% do Brasil.

Como o espaço é curto e a matéria longa, é bom selecionar apenas os 1ºs lugares do Brasil no mercado mundial; na produção, açúcar, café, suco de laranja, soja em grãos. Na exportação; açúcar, café, suco de laranja, carne bovina, carne de frango e milho (Mapa). O Brasil é o 3º produtor mundial de frutas.

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