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Do buffet ao big data: como atrair mais clientes para o setor de eventos

Em um mercado onde o cliente pode levar semanas ou meses para fechar negócio, o acompanhamento sistemático faz toda a diferença
Do buffet ao big data: como atrair mais clientes para o setor de eventos
Foto: Reprodução Freepik

O setor de eventos no Brasil vive um paradoxo: a execução é impecável, mas a gestão, frequentemente, esbarra no amadorismo. Muitas empresas nascem de iniciativas caseiras e crescem como resultado de um serviço bem feito, mas não incorporam processos que sustentam o ritmo de expansão. É comum encontrar fornecedores que, por exemplo, deixam de formalizar contratos ou emitir recibos, atitudes que aumentam a exposição a riscos e podem até afetar a credibilidade da empresa. Guarde isto em mente: todos os processos devem ser registrados.

Para atrair e fidelizar clientes é fundamental adotar uma rotina clara desde o primeiro contato com uma pessoa interessada em seu produto ou serviço. Para começar, registrar cada orçamento com etiquetas que indiquem como o consumidor chegou até sua empresa (redes sociais, indicação, busca no Google) possibilita avaliar quais canais geram mais procura e ajustar a comunicação do seu negócio de acordo. Falta investir mais em publicidade na internet ou pensar em outras estratégias, como oferecer um benefício especial, dar um brinde personalizado ou até mesmo proporcionar uma cortesia para que a pessoa presenteie alguém próximo?

Em um mercado onde o cliente pode levar semanas ou meses para fechar negócio, o acompanhamento sistemático faz toda a diferença. Na prática, isso significa enviar lembretes periódicos ao interessado, colocando-se à disposição para continuar a negociação e garantir que não será esquecido — o que chamamos de “follow up”, ou seja, “dar seguimento” à conversa. Ter essa disciplina evita que oportunidades sejam perdidas pela falta de uma simples retomada de contato.

Hoje, a profissionalização de um negócio passa irremediavelmente pelo avanço tecnológico. Existem ferramentas que podem auxiliar na gestão da empresa e relutar em conhecê-las vai apenas atrasar a oportunidade de organização e crescimento. É possível, por exemplo, fazer uso de big data para embasar decisões. A plataforma DataEventos consolida dados de mais de 200 mil propostas comerciais por mês, além de informações sobre cerca de 15 mil eventos realizados em todo o Brasil. Capaz de filtrar os dados por ano, estado e segmentos — de buffet a fotografia, de decoração a cerimonial —, é possível identificar tendências sazonais, avaliar o comportamento da concorrência e antecipar demandas de nicho. Esses dados te ajudam a planejar a médio e longo prazo com mais segurança.

Recentemente, o DataEventos revelou, por exemplo, que maio não tem sido mais o “mês das noivas”, com base em dados de 2024 e 2025. Maio está em 5º lugar como escolha para a realização de casamentos no Brasil, registrando 8,83% dos eventos, atrás de novembro (13,71%), setembro (11,98%), outubro (11,20%) e agosto (9,28%). Para quem trabalha nesse nicho, pode ser o momento de rever a estratégia de marketing e aumentar a lista de fornecedores para o fim do ano. Estar atento aos dados de mercado pode ajudar, e muito, no faturamento da empresa.

Por fim, a boa reputação continua sendo um atributo insubstituível. Oferecer um atendimento que “abraça” o cliente e manter um bom relacionamento no pós-evento estimula depoimentos espontâneos na internet e indicações entre amigos. Cuidar da experiência do cliente — desde a primeira troca de mensagens até o fechamento das contas — pode gerar um ciclo virtuoso de recomendações, muitas vezes mais eficaz que campanhas pagas.

Recapitulando, uma estratégia promissora dentro do setor de eventos combina processos formais, inteligência de dados e foco no relacionamento. Ao elevar o nível de gestão, o comportamento dos clientes se torna mais previsível.

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