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Como sobreviver às intempéries do meio corporativo

Empresas podem sofrer danos por um “recall” por produtos com defeito ou até por um problema de gestão, que leve o negócio a situações extremas
Como sobreviver às intempéries do meio corporativo
Crédito: Reprodução Pixabay

Intempérie. No dicionário, a definição se refere a mau tempo ou tempestade, mas a palavra também pode ser usada como indicativo de dificuldades ou acontecimento infeliz.
Nos últimos meses, vimos uma série de pessoas e de empresas sofrendo com as intempéries climáticas no Rio Grande do Sul e com as consequências da inundação que atingiu mais de 471 municípios. Supermercados, comércios de todos os tipos e tamanhos, concessionárias de veículos, escolas, hospitais, postos de saúde, igrejas, escritórios e uma lista infindável de empresas ficaram totalmente submersos.

As intempéries, no entanto, podem atingir as empresas de outras maneiras: como uma crise de imagem, um “recall” por produtos com defeito ou até por um problema de gestão, que leve o negócio a situações extremas.

Nenhum empreendedor ou gestor espera viver momentos como esses. Porém, devem estar preparados para essa possibilidade. Afinal, toda organização passa por ciclos. Há momentos em que tudo sai como o planejado e situações em que o inesperado acontece. Algumas empresas sobrevivem, outras, infelizmente, sucumbem.

O fato é que, seja uma intempérie climática ou de gestão, é preciso enfrentar a crise de cabeça erguida. No mundo ideal, as empresas traçariam o planejamento para o ano e incluiriam uma ‘aba’ com diretrizes para enfrentar uma possível crise. Na prática, é possível que isso não seja calculado.

Então, recomendo ao empreendedor ou gestor que vivenciar um momento como esses, que respire fundo e não tenha medo de ‘colocar as mãos na massa’. Será necessário reunir forças – e o time da empresa – para refletir sobre uma solução. A liderança deve se manter positiva e calma para orientar os colaboradores e mantê-los motivados.

Será importante manter as equipes informadas sobre o andamento da gestão de crise, em qual momento a empresa se encontra e quais foram os planos definidos para tentar reverter o problema. Se a questão for administrativa, a indicação é revisitar planejamentos, rever contratos com fornecedores, avaliar impactos jurídicos, etc. No caso de intempéries climáticas, além da limpeza e reconstrução dos espaços físicos, também será preciso contabilizar perdas de ativos, como maquinários, por exemplo, verificar o que será necessário para reestruturar o negócio e traçar um plano de ação que esteja dentro das possibilidades para aquele momento.

Além dessas medidas, no momento de crise extrema, tem grande valor se unir a empresários da região e buscar apoio via medidas públicas. No caso do Rio Grande do Sul, o BNDES liberou R$ 15 bilhões para os empreendedores. O Sebrae-RS, por sua vez, com o projeto “Juntos, a Gente Supera”, tem uma linha de investimento de R$ 102 milhões e até R$ 15 mil para pequenas empresas reabrirem os seus negócios.

É claro, cada caso é um caso e cada condição precisa ser avaliada de forma personalizada para que as soluções surtam efeito no menor tempo possível.

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