Artigo

Confira oportunidades em torno da sustentabilidade corporativa

Regulamentação exige que todas as empresas produzam relatórios de sustentabilidade, com divulgações obrigatórias começando em 2026, baseadas em 2025
Confira oportunidades em torno da sustentabilidade corporativa
A sustentabilidade corporativa está ligada ao modelo de negócio e inovação | Crédito: Pixabay

A partir de 2025, todas as empresas listadas na Bolsa de Valores brasileira (B3) enfrentarão um grande desafio: a adequação à Resolução 193/2023 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A regulamentação, que entrou em vigor em novembro passado e se baseia nos padrões emitidos pelo International Sustainability Standards Board (ISSB), exige que todas as empresas produzam relatórios de sustentabilidade, com divulgações obrigatórias começando em 2026, baseadas nos dados de 2025.

E por que isso é importante? Porque é um incentivo ao desenvolvimento sustentável das corporações, não só pelo viés financeiro. Tal resolução tem como objetivo promover a transparência e a responsabilidade ambiental e social das empresas, alinhando-se com as melhores práticas internacionais.

É uma prática que deverá influenciar positivamente a imagem e a competitividade das empresas no mercado global – e uma ferramenta a mais na confiabilidade das informações, oferecendo maior segurança e proteção a investidores.

E nesse movimento, desencadeiam-se inúmeras oportunidades de mercado. Cada vez mais, empresas buscarão especialistas em relatórios de sustentabilidade, profissionais capacitados e familiarizados com os padrões GRI (Global Reporting Initiative) e IFRS (International Financial Reporting Standards), para estarem em conformidade com as regulamentações – pois essa foi a primeira de várias outras regras que ainda podem surgir nesse viés regulatório.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Além disso, haverá uma demanda crescente por serviços de consultoria para ajudar as corporações a se adaptarem às novas exigências, garantindo a conformidade e a qualidade dos relatórios.

Embora a regulamentação seja voltada para empresas listadas na Bolsa de Valores, a prática do relatório também pode ser adotada pelos negócios que ainda não fazem parte desse universo financeiro – e aqui está um novo nicho, que demandará a necessidade de expertise de quem sabe lidar com sustentabilidade corporativa e procedimentos regulatórios. 

Independentemente de ter ou não o capital aberto, ser fundo de pensão ou companhia securitizadora, é preciso que líderes e gestores estejam atentos às mudanças do mercado e transformem a sustentabilidade em uma vantagem competitiva para sua empresa. A real intenção da CVM 193 é alertar para a necessidade urgente de se adotar ações corporativas sustentáveis, que impulsionem empresas a trilharem caminhos de mais transparência e conformidade.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas