COP 30 reforça a necessidade de energia renovável e da transição energética

O Brasil se prepara para sediar a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em Belém (PA), em novembro. O evento é, sem dúvidas, um marco que reforça a urgência da discussão sobre a necessidade de energia renovável e da transição energética nas discussões nacionais e internacionais.

O País tem, historicamente, desafios complexos no setor de energia, que precisam ser debatidos e exigem mudanças estruturais. Apesar de ter 80% da geração de energia já sendo realizada através de fontes renováveis, há ainda um caminho importante a ser percorrido para que as “energias utilizadas” no país também sejam de fontes renováveis, pois até 2024 apenas 50% do consumo no País tinha a participação de fontes renováveis. Nos últimos anos, novos modelos de consumo, como o mercado livre de energia e a contratação por assinatura, exigiram mudanças significativas não apenas na geração, mas na gestão dos negócios e da cadeia de abastecimento. Vimos o mercado de energia solar expandir, trazendo discussões de regulamentação e impulsionando a transformação digital de modelos tradicionais.

A tecnologia, é fato, desempenha um papel crucial na viabilização da transição energética. Inovações como redes elétricas inteligentes (smart grids), armazenamento de energia e digitalização com Internet das Coisas (IoT) são fundamentais para integrar fontes renováveis e garantir a eficiência do sistema e a democratização do seu uso.  Mas, para além da infraestrutura, é na gestão dos dados, no atendimento ao cliente e na potencialização de novos modelos que ela chega como um instrumento de mudança.

Soluções tecnológicas personalizadas são essenciais para atender às especificidades do setor e para garantir que a inovação esteja adequada às reais necessidades dessas empresas. IA e Data & Analytics são instrumentos importantes para automatizar processos, atender e entender melhor o consumidor, identificando padrões para melhores ofertas e consequentes tomadas de decisões relevantes para o negócio. Ao ter em mãos informações que projetem picos de consumo, modelos e necessidades dos clientes, as companhias de energia poderão atuar proativamente para um cenário de consumo energético inteligente e estruturado, facilitando a gestão eficiente, a conformidade com as regulamentações ambientais e também transmitindo segurança para quem consome.

Essas soluções, além de contribuírem para a sustentabilidade ambiental, oferecem vantagens competitivas às empresas, como redução de custos, maior abrangência de ofertas, proximidade com o consumidor, agilidade na execução de processos operacionais e eficiência financeira. Dão mais segurança ao consumidor, quanto à estrutura de abastecimento e aos profissionais, para que possam atuar sob um viés mais estratégico, seguro.

A transição energética no Brasil é um caminho inevitável e necessário para garantir um futuro sustentável. A tecnologia, especialmente quando adaptada às necessidades específicas do setor, é um caminho que gera eficiência especialmente com o crescimento da inteligência artificial em modelos reais e com resultados palpáveis e de forma pragmática.