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Cúpula do G20: desigualdade gera fome e pobreza

Protagonismo do Brasil na cena internacional adquiriu maior fulgurância na reunião da Cúpula do G20
Cúpula do G20: desigualdade gera fome e pobreza
O presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva durante ato de entrega do documento final da cúpula do G20 Social, no Boulevard Olímpico na zona portuária da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

“Fome e a pobreza são o símbolo máximo da nossa tragédia coletiva”. (Presidente Lula)

Reassumido ano passado, o protagonismo do Brasil na cena internacional adquiriu maior fulgurância na reunião da Cúpula do G20, que aglutina os 20 países com os maiores PIBs do planeta.

O encontro, encerrando mandato de um ano sob a presidência de nosso governo, foi realizado no Rio de Janeiro, tendo sido precedido no curso de 2024 por ciclos de estudos preparatórios, abrangendo temas sociais, políticos e econômicos. Cada ciclo contou com participação de órgãos oficiais, entidades civis, especialistas nas momentosas questões debatidas envolvendo contingente avultado de pessoas de dezenas de nacionalidades, algo de dimensão logística fora do habitual.

O lançamento da “Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza”, proposta pelo presidente Lula da Silva, foi o fato de maior relevância da agenda cumprida no imponente conclave, a que estiveram presentes representantes de 82 nações, várias delas com seus principais dirigentes.

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Caso dos EUA com Joe Biden, e da China, com Xi Jinping, para mencionar apenas duas das importantes lideranças presentes. Em sua alocução de boas-vindas aos seus pares e demais integrantes da cúpula, Lula afirmou que o Rio, com seus encantos inigualáveis e problemas conjunturais, é um retrato vivo dos contrastes sociais observáveis no Brasil, na America Latina e no mundo. Referindo-se à fome e pobreza que atingem mais de 700 milhões de seres humanos, definiu as duas tormentosas questões como “chaga vergonhosa”, conclamou o mundo para eliminá-las da paisagem humana. Explicou que a fome é uma expressão biológica das mazelas sociais produzidas pelas desigualdades. Assegurou que a miséria aviltante não decorre da escassez de alimentos, nem tampouco dos eventos climáticos extremos, mas sim das injustiças sociais. Lembrou que países como o Brasil produzem mais do que o suficiente para atender às demandas de consumo da humanidade, e que isso carece ser objeto de reflexão por parte de todos.

Confessando-se gratificado com a formidável receptividade encontrada pela proposta brasileira, anunciou que as adesões ao pacto proposto pelo Brasil somaram, num primeiro momento, 82 países, mais de uma centena de organizações internacionais, instituições financeiras, fundações filantrópicas e ONGs. Disse ser isso o começo da grandiosa cruzada global para erradicar a fome e a miséria.

Analistas políticos anotaram que Lula evidenciou forte emoção ao falar da “Aliança Global”, motivado, talvez, pela circunstância da infância humilde em que se deparou com carência alimentar.

Quanto ao mais, o G20 representou maiúsculo trunfo da competente diplomacia brasileira, aprovando consensualmente decisões positivas para o desenvolvimento civilizatório.

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