Os desafios de crédito para a agroindústria brasileira

A agroindústria desempenha um papel importante e estratégico no agronegócio brasileiro, pois conecta a produção primária às demandas do mercado por meio do processamento e industrialização de produtos agropecuários, florestais e pesqueiros. Esse setor não só reduz perdas e amplia a vida útil dos produtos, como também impulsiona a competitividade internacional e promove o desenvolvimento regional, criando empregos diretos e indiretos em diversas etapas do processo produtivo.
Em 2024, a agroindústria brasileira teve um saldo positivo impulsionada pelo crescimento da produção agrícola, avanços tecnológicos e expansão das exportações, especialmente na Ásia. Com incentivos governamentais e modernização do setor, o faturamento cresceu cerca de 8% em relação a 2023, atingindo volume recorde. Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram que o agronegócio como um todo representa cerca de 23% do PIB nacional, e a agroindústria responde por 7,4% do produto interno bruto brasileiro. A tendência é que esse crescimento continue em 2025, consolidando a agroindústria como um dos pilares da economia.
Além disso, as perspectivas são otimistas se levarmos em consideração a expansão de linhas de crédito para projetos sustentáveis, como o ABC+ (Agricultura de Baixo Carbono), a adoção crescente de tecnologias, a abertura de novos mercados em países emergentes e o fortalecimento de PPPs (parcerias público-privadas), que devem atrair novos investimentos para o setor.
Atualmente, o governo federal oferece uma série de incentivos de crédito para fomentar a agroindústria. Apesar de fundamentais, esses incentivos de crédito enfrentam barreiras que dificultam sua eficiência e inclusão. Dentre elas, a concentração de recursos, que beneficia grandes empresas e exclui pequenos produtores, a burocracia excessiva que acaba desestimulando empreendedores, a falta de transparência na distribuição dos recursos e a desigualdade regional, uma vez que determinados locais recebem menos investimento.
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Todos esses são desafios que precisam ser superados em uma perspectiva macro, mas que podem ser pontualmente contornados por meio de uma assessoria especializada.
A agroindústria é uma alavanca essencial para o desenvolvimento econômico do Brasil. Sua relevância na cadeia do agronegócio, sua contribuição ao PIB e sua capacidade de gerar empregos são inquestionáveis.
No entanto, é importante que os incentivos governamentais sejam constantemente aprimorados para ampliar o acesso, promover a sustentabilidade e reduzir desigualdades regionais. O futuro da agroindústria brasileira depende de soluções inovadoras, sustentáveis e inclusivas que consolidem sua posição como um dos motores da economia nacional e global.
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