Diálogos entre Lula e Trump: essencial a conjugação de vontades
“A integração das forças de segurança é fundamental no combate ao crime”. (Domingos Justino Pinto, Educador)
Faz sentido admitir que os diálogos entre Lula e Trump rodeados de “química positiva”, possam desembocar adiante no restabelecimento das boas relações que sempre marcaram a historia do Brasil e EUA. Em recente contato telefônico, a proposta de um acordo de cooperação para o combate ao crime encontrou encorajadora receptividade por parte do diligente americano. O que se cogita desenvolver é um programa permanente que “atinja em cheio” o centro nevrálgico das operações financeiras da bandidagem de “colarinho branco”. Como apurado pelos órgãos de Segurança, a cúpula das facções promove em paraísos fiscais localizados no país irmão vasta lavagem de dinheiro. Investe ali recursos subtraídos ao patrimônio nacional. As maquinações mafiosas compreendem também contrabando de armas a partir do território estadunidense.
Como se pode deduzir, as tarefas a serem executadas no acordo serão complexas e intensas. Essa pactuação será parte significativa de um conjunto de medidas a serem executadas, com o concurso integrado de todos os escalões policiais visando o desmonte das engrenagens criminosas. Enquanto esses promissores entendimentos com a Casa Branca se processam, as forças brasileiras de segurança incrementam ações preventivas e repressivas de maior abrangência colhendo alguns resultados, à primeira vista mais positivos. Isso não significa, falar verdade, já tenha sido atingido nível satisfatório no enfrentamento da atordoante questão. Muito antes, pelo contrário. As facções, as milícias, ou que outra qualquer denominação tenham esses núcleos engajados em atividades que lesionam o tecido social, apoderaram-se nalgumas regiões, de fatias territoriais expressivas. Infiltraram-se em não poucas áreas da política, da administração e até mesmo das corporações policiais. Muito pior ainda: indícios surgem de infiltração na própria vida parlamentar. O noticiário nosso de cada dia não se cansa de divulgar tais absurdos.
A reação oficial a esse inaceitável estado de coisas tem procurado incorporar métodos mais eficientes, com emprego de recursos tecnológicos e de Inteligência, levando as investigações ao epicentro das operações financeiras das quadrilhas. O que se faz míster observar, no atual estágio do combate encetado, é uma conjugação sincera de vontades e esforços, em torno da causa comum. A luta contra o crime organizado é tarefa coletiva. Clama por união, por entrosamento impecável de todas as forças de Segurança.
As PECs em fase de debate e votação no Congresso, representando fruto de alongadas confabulações, fornecerão instrumentos adequados nesse conflito vital da sociedade amante da paz contra a criminalidade.
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