Como os distúrbios do sono afetam crianças e adolescentes

É importante saber que os distúrbios do sono não são um problema do mundo dos adultos, mas pode atingir as crianças e principalmente se agravar na adolescência. As estatísticas demonstram a incidência de quatro a até dez por cento de acometimento de acordo com a população estudada.
Uma das figuras típicas é aquele adolescente com extrema dificuldade de ser acordado pela manhã, comprometendo a frequência à escola ou outras atividades. Os pais sofrem juntos porque desejam os filhos cumpridores dos compromissos assumidos.
O ciclo de vigília-sono tem aproximadamente 24 horas. Porém, por razões diversas, ele pode ser maior e a pessoa tender a dormir e se despertar cada vez mais tarde. É o caso da “desordem do retardo da fase de sono-vigília”, cujo ciclo é de 24,57 horas. Essa característica é reconhecida pela décima classificação internacional de doenças (CID-10) pelo código G47.21.
Habitualmente o relógio biológico desses adolescentes está atrasado em mais de duas horas em relação ao horário convencional ou socialmente aceitável para aquela família. Se eles vão para a cama, permanecem sem dormir até a chegada de seu próprio horário de adormecimento. Isso implica em um período de sono encurtado, comprometendo o horário de vigília sem sonolência no dia seguinte. Se forem deixados a dormir sem serem chamados, se sentiriam bem após terem vivido um ciclo de sono fisiológico que se encerraria por volta das 11h da manhã. Alguns adolescentes podem evoluir eventualmente para uso de substâncias para lhes estimularem da sonolência, construindo um ciclo crônico.
Outras razões que estão a motivar o distúrbio do sono devem ser consideradas. Crianças e adolescentes com alteração do humor, ansiedade, dificuldade escolar por déficit de atenção/hiperatividade podem se mostrar sonolentas para saírem para a escola de manhã, consciente ou inconscientemente para evitarem a atividade.
De forma resumida, sentimos sono quando ocorre a elevação da melatonina produzida dentro do corpo pela glândula pineal ao ser estimulada pela falta de luz do anoitecer. Outros aspectos atuais devem ser levados em consideração tais com hábitos dietéticos, sociais, culturais e comportamentais próprios, como é o caso da influência do celular atualmente.
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