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Diversidade geográfica: é possível estar perto, mesmo remoto

"A diversidade geográfica não apenas enriquece as perspectivas da equipe, mas também impulsiona a inovação e o sucesso organizacional"
Diversidade geográfica: é possível estar perto, mesmo remoto
Foto: Freepik

Toda vez que falo que sou de Belém do Pará, sinto que muitas pessoas fazem esforço para se lembrar no mapa onde fica a minha cidade, capital do estado do Pará, localizada no norte do Brasil. Após mais de sete anos desde que saí da minha cidade natal, ainda me causa estranhamento o espanto e falta de conhecimento sobre o extremo norte do país. Afinal, o Brasil não é conhecido apenas por ser o quinto maior país em extensão territorial (com uma área de mais de 8 milhões de km² e 203 milhões de habitantes), mas também pela sua rica diversidade cultural e ambiental. 

Pouco ainda se fala sobre a diversidade geográfica e o que uma equipe de trabalho ganha com isso. Os benefícios são inúmeros: retenção de talentos, aumento de criatividade, evitar estereótipos, maior conhecimento sobre a região em que o colaborador está inserido e mais engajamento de toda a equipe. Um artigo publicado na Harvard Business Review reforça essa visão, quando mostra que “95% dos diretores concordam que a diversidade traz perspectivas únicas para as empresas”. 

O remoto permite que as empresas facilitem esse trabalho de contratação e, também, no uso de tecnologias ao seu favor para planejamentos e entregas mais efetivas. Na pandemia, por exemplo, vimos a abertura de muitas vagas remotas, principalmente em startups, e a possibilidade de termos várias pessoas de estados fora do eixo Rio-São Paulo tendo a oportunidade de formar times diversos. O percentual de contratações nas regiões norte e nordeste ainda é baixo, de 1% a 5% nas companhias, segundo uma pesquisa da Michael Page, de 2014.

Na agência onde trabalho, a Maya, temos um time em vários lugares do Brasil — agora também do mundo, escrevo neste momento de Buenos Aires, na Argentina. A agência nasceu digital, dando não apenas o suporte tecnológico para as gestoras de atendimento como também para clientes, mas com o olhar empático, que vai além de ser uma palavra bonita no dicionário.

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O relatório anual “Tendências Globais de Capital Humano 2024”, da Deloitte, fala justamente sobre a importância da priorização da sustentabilidade humana nas organizações. Isso significa criar valor para as pessoas enquanto seres humanos, deixando-as com maior saúde e bem-estar, aumento das suas competências, oportunidades para o seu desenvolvimento, mais equidade e maiores sentimentos de pertencimento e propósito. Tudo isso pode gerar melhores resultados para colaboradores e empresas.

Acredito que, mesmo com os avanços tecnológicos e mudanças no modo operacional do trabalho, os valores, e principalmente o capital humano, são pilares importantes de uma organização (seja ela uma agência, multinacional ou startup).

A diversidade geográfica e cultural não apenas enriquece as perspectivas da equipe, mas também impulsiona a inovação e o sucesso organizacional. É possível estar perto, mesmo remoto. 

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