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Donald Trump e sua avalanche de decisões inquietantes; saiba quais são

Novo presidente quer fomentar tensões no cenário geopolítico
Donald Trump e sua avalanche de decisões inquietantes; saiba quais são
Crédito: Kevin Wurm / Reuters

“Tudo vai mudar a partir de agora, rapidamente!” (Donald Trump)

A expressão “incrível” foi utilizada mais de uma centena de vezes, pelo presidente Donald Trump nos discursos que marcaram seu retorno à Casa Branca. Ou seja, na sessão solene de investidura, no Capitólio e nos comícios aos apoiadores. O emprego do vocábulo contemplou personagens e situações. O que andou contando em suas narrativas e andou falando sobre os planos de governo, gerando perspectivas perturbadoras, de modo a fomentar tensões no cenário geopolítico, pode ser perfeitamente definido como incrível. Incrível, surreal e inquietante.

Anotemos algumas dessas coisas “incríveis”. Trump sustenta a tese de que foi roubado na eleição perdida para Biden. Pretende rebatizar o Golfo do México, dando-lhe o nome de “Golfo da America”. Garantiu a retomada do Canal do Panamá. Assinou atos estabelecendo deportação em massa de milhões de imigrantes e vetando a cidadania a filhos de imigrantes nascidos no país. Decretou estado de emergência na fronteira com México. Prometeu reinvestigação nos casos de John Kennedy e Martin Luther king. Descreveu os EUA como sendo um país arrasado em franco declínio, acentuando que em seu governo voltará a ser a maior potência do planeta. Concedeu perdão a 1.500 partidários condenados pela invasão, com mortos e feridos, do Capitólio.

Como se recorda, o atentado foi por ele instigado, o que deu causa a processo judicial, agora suspenso em razão de ter sido eleito. Comunicou a retirada dos EUA do Acordo de Paris e da OMS. Decidiu abolir vários programas socioambientais. Definiu que não mais haverá incentivos para carros elétricos. Disse que o país vai promover, em alta escala, exploração do petróleo, por ele chamado de “ouro líquido” tornando-se o maior produtor mundial, o que permitirá a reabertura de incontáveis frentes de trabalho para cidadãos americanos. Afiançou que vão ser redefinidas as políticas relacionadas com a diversidade e gênero. Ocorrerão mudanças também nas áreas militar, do serviço público, educação e saúde. Informou que os produtos do Canadá e México serão sobretaxados, acrescentando que haverá taxação de 100% para países do Brics, caso adotem moeda que substitua o dólar nas transações.

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O mundo inteiro, antenado nos acontecimentos vividos em Washington, tomou-se de pasmo diante da avalanche de decisões. A estupefação ficou ainda maior por conta de insólito gesto, não de Trump, mas de seu aliado recente, Elon Musk. À hora em que foi citado no discurso do chefe, o extravagante magnata subiu ao palco, perfilou-se, bateu a mão espalmada no peito e ergueu o braço em saudação estridentemente nazista. Só faltou berrar “Heil Hitler”. Como é de se imaginar, dentro e fora dos EUA explodiram reações de inconformismo e indignação. Tema para mais considerações.

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