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Eleições nos EUA: e se o mundo inteiro pudesse votar?

Os olhares mundiais estão fixados na corrida presidencial estadunidense
Eleições nos EUA: e se o mundo inteiro pudesse votar?
Foto: Evelyn Hockstein e Octavio Jones/Reuters

“Nosso apoio a Kamala” (Mensagem dos agraciados com o Prêmio Nobel)

Os olhares mundiais estão fixados, pressurosamente, na corrida presidencial estadunidense. Todos sabem que na arrebatante disputa está sendo jogada uma cartada de reverberação muitíssimo intensa na história política desses nossos conturbados tempos. Duas poderosas forças, com visões de vida e interpretações dos fatos sociológicos consideravelmente distanciados entre si, participam do momentoso confronto, colocando para centenas de milhões de eleitores da maior potência do planeta suas ideias e propostas sobre como conduzir as candentes questões da atualidade.

As pesquisas eleitorais dão conta, às vésperas do pleito, de que a contenda afigura-se bastante renhida. Mas, parece evidente, quando se toma conhecimento do que é divulgado pela mídia internacional, uma forte onda de simpatia, fora dos Estados Unidos, pela candidatura de Kamala Harris, do Partido Democrata. Existe como que uma torcida vibrante do lado de fora do gramado, emitindo prognósticos repletos de entusiasmo e otimismos no sentido de que a altiva e serena Procuradora de Justiça, orgulhosamente negra e descendente de indiano, venha a ser a primeira mulher a ocupar o cargo mais importante no cenário geopolítico. Se torcida e bons augúrios no plano internacional significassem votos, Kamala passaria a despachar do Salão Oval da Casa Branca, a partir do próximo mandato, com vantagem esmagadora sobre seu oponente.

Donald Trump é enxergado, mundo afora, como demagogo populista com passagem nada meritória pelo governo de seu país. Deixa à mostra pendores autoritários, misoginia e racismo exacerbados. Na campanha em curso, agarrou-se, fanaticamente, a teses carregadas de xenofobia, atacando virulentamente os imigrantes, desconsiderando a circunstância de que a grandeza dos Estados Unidos se deve, em muito, às levas de pessoas de outras nacionalidades que em diferentes épocas para lá se deslocaram e tiveram presença destacada em suas conquistas civilizatórias. Para desaconselhar sua volta ao poder bastaria recordar o condenável papel que desempenhou na tentativa golpista, seguida da falsa alegação de fraude eleitoral. E o que não dizer da acusação que lhe foi imputada pelo ex-chefe de seu gabinete acerca do fascínio que sempre nutriu pela sinistra figura de Adolf Hitler? Contra Trump pesam ainda quase duas dezenas de processos em andamento, além de uma possível ação por compra deslavada de votos, situação em que se acha também envolvido o notório Musk…

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O sistema eleitoral nos EUA é bastante complexo. O candidato pode sair vitorioso em votos e perder no “tapetão”. Mas, são muitos, afortunadamente, os que torcem pela candidata democrata. Entre eles a totalidade dos estadunidenses laureados com o Prêmio Nobel, que tornaram pública proclamação de apoio a Kamala.

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