Artigo

Quatro erros graves ao liderar uma mudança de marca

Toda mudança de marca é, naturalmente, um desafio complexo. Mas você pode aumentar bastante as suas chances de sucesso se não cometer estes erros.
Quatro erros graves ao liderar uma mudança de marca
Foto: Unsplash / Divulgação

É inegável: o rebranding tá on. Nos últimos três anos, por motivos tão diversos quanto digitalização, perda de performance ou apenas para se manter relevante, muitas marcas líderes revisitaram seu posicionamento, propósito, personalidade e identidade visual.

A evolução da marca é necessária e saudável. E, quando somos obrigados a fazer uma escolha de grande impacto, embora a façamos com o coração, precisamos de motivos racionais para embasá-la e diminuir o nosso medo de errar.

Aprender com os erros é importante. Mas aprender com os erros dos outros é bem melhor do que com os nossos. O primeiro deles é a falta de clareza sobre o que precisa mudar.

Quando o exame é ruim, o diagnóstico é impreciso e o remédio prescrito pode até surtir o efeito contrário. É o que acontece mais do que deveria em processos de mudança de marca: não há clareza, ou consenso, sobre a estratégia, e o time criativo se vê num fogo-cruzado entre stakeholders, tateando soluções pouco convincentes porque não têm embasamento suficiente. Antes de avançar para a fase criativa, é fundamental esgotar a fase estratégica, envolver todos os decisores e eleger um design criteria, isto é, os critérios pelos quais a solução de design será considerada adequada ou não.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Em segundo lugar, destaco a falta de apoio das instâncias superiores. Mais grave que a falta de clareza, é quando os responsáveis pela decisão final só são consultados… no final. Quer dizer, com o projeto aprovado, pronto para entrar em produção, eles aparecem como uma nova potencial barreira, cuja desaprovação é intransponível. E o projeto, que estava no final, pode voltar à estaca zero ou mesmo deixar de ser executado. Ter o patrocínio dos decisores desde o kickoff, o envolvimento nas etapas-chave e a clareza da necessidade de mudança são itens mais do que obrigatórios para um projeto de sucesso.

Trago a necessidade de agradar a todo mundo em terceiro lugar. Uma mudança de marca pode desagradar a algumas pessoas na organização ou fora dela, por vários motivos. Alguns são apenas apegados demais às coisas e não mudam para não mudar. Outros foram deixados de fora do processo e se ressentem. Pode ser que alguém simplesmente não goste da pessoa que está liderando a mudança e queira sabotá-la. Estes não são motivos técnicos e certamente tentar agradar essas pessoas não vai levar à melhor decisão. Mudança definida, pronto: quem não adorar, precisa apenas aceitar.

Em quarto e último lugar, o fit do contratante com o escritório de design. O parceiro perfeito para apoiar o processo de mudança é aquele que dá conta de entregar na qualidade, prazo e preço desejados, e superando todas as expectativas. Mas você já sabe que esse parceiro não existe.

Quando falamos em fit, é uma relação equilibrada entre cliente e escritório, em que os dois saem ganhando.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas