Free Flow e o futuro da mobilidade no Brasil

Em 2025, a mobilidade rodoviária no Brasil continuou defasada em relação a diversos países. Muitos, como Noruega, EUA e Portugal já eliminaram as barreiras físicas para a passagem de veículos e aderiram à tecnologia do Free Flow, na qual as placas são capturadas automaticamente por câmeras e as cobranças nas tags são realizadas instantaneamente, dispensando as cancelas. Entretanto, os motoristas brasileiros seguem enfrentando congestionamentos e custos que poderiam ser evitados. O modelo tradicional de praças de pedágio está mundialmente caindo em desuso, visto que desperdiça tempo, aumenta a emissão de poluentes e eleva custos de operação em comparação ao Free Flow.
Nosso país arrecada bilhões por ano em pedágios, mas a modernização do sistema avança a passos lentos. O Free Flow, que já é uma realidade no país em pouquíssimas praças do Brasil, ainda enfrenta desafios regulatórios, resistência de players estabelecidos e uma burocracia que atrasa sua expansão. Apesar da existência de empresas que oferecem soluções de pagamento eletrônico e tecnologia de identificação de veículos, ainda há dificuldades na adesão em larga escala. Também paira no mercado o receio sobre a inadimplência e a informalidade que a implementação do Free Flow pode trazer, especialmente para caminhoneiros.
Um ponto pouco abordado além dos benefícios operacionais é que a modernização do sistema de pedágios pode gerar impactos positivos na economia. A redução do tempo de viagem e dos custos logísticos favorece empresas de transporte e tende reduzir o preço final dos produtos para os consumidores. Além disso, iniciativas locais já demonstram a viabilidade da tecnologia. Em São Paulo, rodovias como a Rio-Santos adotaram o Free Flow em fase de testes, trazendo maior fluidez ao tráfego e apontando um caminho promissor para outras regiões. A expansão dessa tecnologia, se bem planejada, pode tornar o Brasil mais competitivo e eficiente no setor de infraestrutura rodoviária e, por consequência, a economia em geral.
A solução para esse impasse passa por uma abordagem mais proativa dos governos e concessionárias, aliada a um sistema eficiente de cobrança e fiscalização. A adoção ampla do Free Flow no Brasil depende de uma regulamentação clara, incentivos para a modernização das rodovias e maior informação para os motoristas sobre os benefícios da tecnologia. Com os avanços já observados em outros países e os primeiros passos sendo dados por aqui, é possível transformar a mobilidade rodoviária no Brasil, garantindo um sistema mais ágil, eficiente e econômico para todos.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
O futuro da mobilidade já chegou em diversos países e está na hora de o Brasil acelerar nessa direção.
Ouça a rádio de Minas