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O futuro do marketing de influência no Brasil

Marcas e agências já entenderam que a tendência já se consolidou no mercado, sobretudo com os nano e micro influenciadores
O futuro do marketing de influência no Brasil
Crédito: Pexels

Estamos vivenciando o amadurecimento do mercado de marketing de influência no Brasil. Marcas e agências já entenderam que esse é um caminho sem volta. Nesta perspectiva, o mercado de nano e micro influenciadores vem ganhando destaque, como uma poderosa ferramenta de engajamento e vendas para marcas de todos os tamanhos.

Mas quem são os microinfluenciadores e por que tão valiosos? Os nanocriadores geralmente têm em torno de 1.000 a 10.000 seguidores, enquanto os micro possuem de 10.000 a 100.000 seguidores. Embora seus públicos sejam menores comparados aos influenciadores em grande escala, campanhas com eles trazem mais impactos significativos e orgânicos para as marcas.
Segundo relatório anual Estado do Marketing de Influenciadores no Brasil – realizado pela HypeAuditor -, aproximadamente 80% do mercado de influencers, considerando todos os criadores do Instagram no Brasil, é dominado por nanoinfluenciadores. Isso demonstra que há um grande potencial a ser explorado, principalmente quando as ações com esses grupos resultam em interações mais genuínas, pois eles estão sempre muito próximos de seus seguidores.

Mesmo em um cenário com muitas oportunidades, uma das grandes dificuldades em um mercado tão grande, é encontrar quem são esses criadores e vozes que irão representar campanhas e projetos, de acordo com as necessidades de cada empresa ou contratante. E um dos desafios envolvidos nesse processo é a curadoria desses talentos. Nesse sentido, algumas transformações vêm acontecendo para facilitar essa dinâmica.

Ferramentas de pesquisa e dados mais assertivos – A inteligência artificial está desempenhando um papel cada vez mais crucial na seleção de influenciadores. Muitas empresas estão investindo em tecnologia para poder fazer uma seleção e aferição dos dados de interação, engajamento e adequação desses perfis. Recentemente, temos visto essas iniciativas sendo ampliadas, como dentro da própria Meta, com o programa de Creators do Instagram. Entre outras ferramentas que têm como objetivo mapear esse público.

Achar os dados e pesquisas para encontrar os creators será um processo menos burocrático e mais assertivo. Além dos dados ficarem mais completos, serão mais acessíveis também, com a tendência de se popularizar com o tempo. O grande diferencial será a interpretação e o uso desses dados. Minha sugestão é que a “cereja do bolo” de todo esse processo seja a hipercuradoria, o que quer dizer um olhar atento e sensível para analisar e interpretar os dados fornecidos pela tecnologia.

Para marcas com orçamentos de marketing menores, contar com nano e microcriadores é uma alternativa acessível e vantajosa. Essas parcerias geralmente exigem investimentos menores e proporcionam um retorno significativo devido ao engajamento elevado. Olhando para o futuro, a tendência é que os profissionais que também atuam nesse formato com comunidades menores, mantenham esse nicho de forma estratégica, porque assim, garantirão maior relevância e a qualidade nas entregas dos conteúdos.

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