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O Índice de Desenvolvimento Humano da ONU e as potencialidades do Brasil

O País saltou 5 posições, saindo da 89ª para o 84° lugar numa relação de 193 países
O Índice de Desenvolvimento Humano da ONU e as potencialidades do Brasil
Crédito: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

“IDH: avançamos, mas nem tanto…” (Antonio Luiz da Costa)

1) Pela mais recente avaliação do “Índice de Desenvolvimento Humano”, da ONU, o Brasil avançou 5 posições no crescimento econômico-social. Saltou do 89° para o 84° lugar numa relação de 193 países. O IDH mede o progresso em 3 dimensões: expectativa de vida, acesso à educação e renda per capita. A pontuação alcançou 0,786, em uma escala que vai de 0 a 1. A ONU explica que quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento. Os indicadores de 0,700 a 0,799 são tidos como expressivos no contesto. A renda per capita e os dados referentes à saúde são os itens que influíram na classificação. A estagnação na educação impediu chegássemos a um patamar superior.

Ficamos abaixo do México, Colômbia, Peru, Argentina, Chile e Uruguai e acima do Paraguai, Bolívia, Equador e Venezuela. Tais comparações projetam a necessidade de medidas capazes de removerem empecilhos ao nosso desenvolvimento, tendo em vista os fatores extremamente positivos alinhados na sequencia. Possuímos o maior PIB e população no continente; nosso comércio exterior impulsionado pelas commodites e agronegócio, é pujante; fazemos parte do G10; a taxa de emprego vem crescendo; em 2024 o PIB aumentou 3,4 %; nosso patrimônio em riquezas naturais é incomparável. Compreensível, assim, almejar um IDH consentâneo com tais potencialidades.

2) Mudanças na Seleção – O assustador declínio técnico da seleção brasileira de futebol, observado de tempos a esta parte, pode levar a frustrada torcida a proclamar que os atletas das convocações de agora não são dignos de envergar a camisa celebrizada nas canchas por Pelé e outros grandes craques. Mas, tal constatação não deve ter servido, com toda certeza, de mote para justificar essa ideia de jerico, surgida do nada, de repente, de se mudar as cores do único uniforme a conquistar as culminâncias de um pentacampeonato. Mudanças têm que ser feitas, é óbvio. Isso, todavia, não tem a ver coisíssima alguma com as cores do uniforme canarinho, mesmo admitindo que os atletas de hoje não consigam honrá-la com o mesmo ardor dos atletas de outrora.

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A mudança a ser feita diz respeito aos métodos equivocados no planejamento das campanhas futebolísticas, às convocações dos jogadores, preparação física e técnica dos times escalados para as disputas com outros escretes. Sem falar, também, das gestões ineficientes dos órgãos que comandam o esporte das multidões. Mais ainda: do mercantilismo desatinado que costuma, às vezes, despojar alguns atletas promissores de seu equilíbrio emocional e da verdadeira noção profissional. Se tais mudanças não puderem ser feitas a tempo, a seleção acabará amargando fatalmente novos e contundentes revezes.

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