Cenário de guerras: na lógica do ‘olho por olho’, podem acabar todos cegos

“Olho por olho, vai acabar ficando todo mundo cego” ”(Gandhi)”
Os “senhores da guerra” e fiéis aliados – os negociantes de armas – não se dão por fatigados em seus hediondos impulsos. Seguem à risca o ditame “olho por olho, dente por dente”. Desconsideram a advertência contida na sabedoria pacifista de Gandhi, quando lembra que “olho por olho, vai acabar ficando todo mundo cego”. De nada adianta o clamor universal diante das selvagerias praticadas. Fecham hermeticamente os ouvidos e dão continuidade a atrocidades que deixam o mundo sobressaltado. Rechaçam apelos no sentido de serem interrompidos os disparos de mísseis que ceifam vidas preciosas, estraçalham propriedades, instalações de serviços essenciais, escolas, hospitais e por aí vai… Negam-se a participar de negociações sugeridas por organismos empenhados em promover a paz, a trégua, a conciliação. A cada ato violento do adversário corresponde sempre réplica igualmente violenta.
O tal do “olho por olho”, um refrão abominável. Contemplando tudo isso com amargura, a humanidade se pergunta, até quando esse tétrico rufar dos tambores da guerra, acenando com perspectivas ainda mais sombrias (ampliação dos sanguinolentos conflitos) soará nas paragens dominadas por ódio fratricida? A indagação serve tanto para o que ocorre na Terra Santa quanto na Ucrânia e outros tantos pontos do mapa deste nosso tão maltratado planeta azul.
2) Emendas – A resistência a exigência de se aplicar transparência solar na no processo das emendas parlamentares afigura-se inaceitável pelo ponto de vista constitucional e moral. Merece repulsa qualquer manifestação a respeito de represália em face da determinação de observância estrita das regras institucionais sobre o uso das verbas públicas. Os recursos correspondentes às emendas têm que se enquadrar rigorosamente nos corretos dispositivos que regulam a lei orçamentária. Transparência, rastreabilidade, destinação precisa são itens imprescindíveis na execução das despesas. O STF e a PGR acham-se investidos do poder constitucional de exigir sejam compridas as normas pertinentes ao palpitante assunto.
3) Clima – Os “terraplanistas” continuam menoscabando as ameaças das mudanças climáticas. Mas elas, indiferentes à incredulidade talibanista, revelam-se crescentemente perturbadoras. Explodem em tudo quanto é canto do planeta. Nos arrabaldes de Atenas, Grécia, incêndio avassalador mobiliza especialistas em combate a chamas do continente europeu. Áreas de tamanho respeitável do Ártico e da Antártica registram degelo preocupante. Em paragens tropicais os serviços de meteorologia acusam elevação dos índices de temperatura. Ao contrário, em regiões costumeiramente invernais os termômetros sinalizam quedas cada vez mais bruscas. O volume das ressacas aumenta em tudo quanto é região praieira. O enfrentamento dessa situação em termos globais alimenta retórica farta e ações parcas..
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