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O agronegócio exige Ciência & Tecnologia

O agronegócio exige Ciência & Tecnologia
Crédito: Divulgação / AgroBeloni

O conhecimento acessível e compartilhado com os “Centros de Inteligência” precede às mudanças, sejam elas quais forem no campo e nas cidades, que são processos e sistemas conectados resultantes das políticas públicas e somados aos esforços integrados entre governos, sociedade e empreendedores rurais e urbanos num país continental como o Brasil e indissociável da geopolítica mundial, inclusive na oferta de alimentos para abastecer e exportar.

Vale lembrar também num conjunto de outras abordagens indispensáveis que o Brasil era predominantemente rural em 1950, com 51,9 milhões de habitantes, sendo 18,8 milhões de habitantes no meio urbano (36,1%) e 33,2 milhões no meio rural (63,9%).

Em 2022, abriga 203 milhões de habitantes, dos quais 15,8% nos cenários rurais e taxa média de urbanização de 84,2%; entre 1950 e 2022 a população brasileira cresceu 291,1%. E o mundo? Passou de 2,5 bilhões de habitantes em 1950 para 8,0 bilhões em setembro de 2023, mais 220% (IBGE/ONU).

Assim posto, sem muitos detalhamentos, pode-se avaliar as crescentes demandas por alimentos in natura e processados, qualidade nutricional, energia e bioenergia, biotecnologias, inovações genéticas nas culturas e criações, saúde animal, redução gradativa do uso de agrotóxicos, embora o Brasil ocupe o 57º lugar por tonelada de alimento produzido e não por hectare cultivado (FAO).

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Segundo a ONU/FA0, em 2022, “No mundo 735 milhões de pessoas passam fome e 2,3 bilhões vivem em situação de insegurança alimentar; mesmo no Brasil, 20,1 milhões de pessoas se encontram em situação de insegurança alimentar grave.” Muitos são os fatores associados numa série histórica desses eventos de extrema complexidade, entre eles, sem dúvida alguma, a desigual e recalcitrante distribuição da renda per capita e o desemprego em massa que afligem algumas economias mundiais, bem como passivos ambientais a exigirem bilhões e bilhões de dólares à adoção de práticas conservacionistas do solo e da água, entre outras orientações técnicas!

O Brasil ainda coleciona bons exemplos de sustentabilidade na agropecuária e precisa formular uma consistente e participativa proposta de marketing institucional para os públicos interno e externo, como também corrigir, onde couber, o uso predatório dos recursos naturais por não prevalecer a tese da abundância!

Além disso, podem-se alinhar alguns poucos exemplos baseados no Censo Agro/ 2017, reunindo grãos, florestas plantadas com essências florestais, pastagens, cana-de-açúcar, banana, café, mandioca, cacau, citrus e demais culturas permanentes esses cenários da agropecuária em produção ocupam 247,8 milhões de hectares ou apenas 29,1% da área do Brasil (IBGE, Conab, Ibá, Embrapa).

E mais, em nível nacional as áreas de reserva legal e preservação permanente, dentro dos estabelecimentos agropecuários ocupam uma área de 268,0 milhões de hectares ou 31,5% do País.

Presumo ser um fato pouco comum em outras economias agropecuárias externas.

Contudo, pode-se aceitar que em todos os processos produtivos, campo e cidade, haverá sempre o que adotar de inovações e lograr ganhos de produtividade em fina sintonia com os mercados e atento às crescentes exigências dos consumidores urbanos e rurais nos domínios da segurança alimentar, mas inovar custa muito dinheiro!

Sem subestimar os investimentos privados na Ciência & Tecnologia, para além do agronegócio, continuam sendo estratégicos que os recursos governamentais continuem sendo também destinados anualmente às artes de plantar, criar, abastecer, exportar, e acumular historicamente divisas externas no conjunto total das exportações.

Entre janeiro de 2017 e agosto de 2023, por exemplo, o agro brasileiro acumulou um superávit externo de US$ 687,62 bilhões (Mapa); e tomando-se o dólar comercial de hoje (02.10.23) no valor de R$ 5,07 = R$ 3,48 trilhões, a preços correntes! Contudo, as questões ambientais são da sociedade e não apenas de quem planta e cria!

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