O que a cultura tem a ver com sustentabilidade?

Se coube aos antigos definir cultura, primeiro como ato de cultivar, depois como o conjunto de ideias e tradições de um povo, a modernidade lapidou o conceito. E em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos reconheceu os direitos culturais como fundamentais para a dignidade humana.
Reunidos em 2020, no México, para a Conferência Mundial sobre Políticas Culturais e Desenvolvimento Sustentável, países convocados pela Unesco, assinaram o documento final comprometendo-se a defender a fundamentação da cultura em políticas públicas. Na declaração final, a cultura é relatada como fator “facilitador e impulsionador da resiliência, da inclusão social e do crescimento econômico, englobando desde a educação, o emprego – especialmente para as mulheres e os jovens –, a saúde e o bem-estar emocional até a redução da pobreza, a igualdade de gênero, a sustentabilidade ambiental, o turismo, o comércio e o transporte”. Da mesma forma, na agenda 2030 da ONU, a cultura passou a integrar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), sendo reconhecida como ferramenta para a transformação individual e social.
Tendo em vista tais compromissos, fomentar a cultura passa a ser obrigatório para promover o desenvolvimento das populações. Trabalhamos a partir dessa perspectiva no Instituto Cultural Vale, sempre juntos com fazedores de cultura e parceiros públicos e privados, uma prática que posicionou a Vale como maior investidora em cultura do País pelo quarto ano consecutivo. Nos últimos cinco anos foram R$ 1,1 bilhão de investimentos via Lei Federal de Incentivo à Cultura, sendo R$ 221 milhões em 2023.
Atuamos pela valorização das diversas manifestações artísticas, a democratização do acesso, o fomento e a circulação da economia da cultura. Isso pode ser experienciado nos quatro espaços culturais que integram o Instituto (Casa da Cultura de Canaã dos Carajás, Centro Cultural Vale Maranhão, Memorial Minas Gerais Vale e Museu Vale), no programa de formação Vale Música ou no apoio a iniciativas culturais como os Museus do Amanhã, Nacional, Inhotim, Cinemateca Brasileira e Orquestra Sinfônica Brasileira.
Estamos presentes ainda em exposições como Um Defeito de Cor”, e “O Extraordinário Universo de Leonardo Da Vinci”, entre outras centenas de iniciativas.
Atuamos para que mais pessoas tenham acesso a recursos para a realização de projetos culturais, por meio de editais. A Chamada Instituto Cultural Vale que está em sua quinta edição, já disponibilizou R$ 105 milhões para 218 iniciativas em todo o Brasil, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.
É assim que nos conectamos ao propósito de potencializar uma economia mais justa e inclusiva. Sendo colaborativos, ampliando oportunidades, descentralizando investimentos, podemos cocriar um ecossistema mais resiliente e sustentável. Não só pela importância do investimento cultural para a preservação de memórias, valorização de identidades, contribuição para a educação, circulação da economia e geração de renda. Mas também para fomentar perspectivas na agenda de diversidade, da equidade e da inclusão, mais sintonizadas com valores culturais essenciais para toda empresa e para a sociedade.
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