Obstáculos financeiros: o lado oculto da glamourosa vida de influenciador digital

A economia criativa vive um momento de efervescência dentro das plataformas digitais. Criadores de conteúdo conquistam espaço no Tik Tok, YouTube, Instagram e outras redes, alcançando milhões de pessoas diariamente.
No entanto, por trás do glamour do engajamento, há um problema financeiro que afeta principalmente pequenos e médios influenciadores: o fluxo de recebimento extremamente prolongado e a dificuldade de acesso a crédito.
Tendo em vista que criar para a internet se tornou um trabalho, essa é uma questão que precisa de soluções que não estão sendo entregues pelo mercado tradicional.
O problema começa nas próprias plataformas. No YouTube, por exemplo, o pagamento só é efetuado quando o criador atinge o valor mínimo de US$ 100, e os repasses são feitos mensalmente, cerca de 30 dias após o mês de exibição dos anúncios.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
O Spotify, por sua vez, paga a cada três meses, e o valor recebido pelos artistas depende do número de reproduções e da taxa de divisão dos royalties. No OnlyFans, onde os criadores recebem por assinaturas e gorjetas, os pagamentos são realizados, ao menos, 21 dias após o término do ciclo de faturamento.
A publicidade patrocinada é outro desafio. Ao firmarem contratos com marcas, os influenciadores costumam lidar com prazos de pagamento que podem se estender por meses após a entrega do conteúdo.
Esse ciclo financeiro estendido gera um desequilíbrio enorme, especialmente para aqueles que dependem dessa receita para pagar as contas e manter seu trabalho na internet. O tempo de espera não é apenas um inconveniente, mas uma barreira que pode impactar sua carreira e até gerar dívidas.
Quando buscam alternativas no mercado financeiro tradicional, os criadores (ou “criativos”) se deparam com mais um problema: as altas taxas de juros e a falta de uma avaliação adequada do risco para empréstimos.
Os bancos tendem a aplicar taxas iguais tanto para pequenos criadores quanto para grandes influenciadores.
Esse modelo “top-down” de avaliação não leva em conta o potencial de crescimento dos microinfluenciadores, tampouco oferece flexibilidade nas condições de crédito, obrigando muitas pessoas a lidar com juros que não condizem com sua geração de receita. Haja criatividade para contornar tantos obstáculos!
Embora poucos saibam, hoje existem alternativas mais econômicas e mais rentáveis voltadas para esse nicho e, no Brasil, a DUX é uma das poucas que pode oferecer serviços financeiros nesse sentido, porque desenvolvemos tudo em blockchain.
Ou seja, as transações são transparentes, seguras e descentralizadas (não passam por intermediários “careiros” como os bancos, por exemplo). Operamos como uma fintech, mas não pense em criptomoedas; as transações são feitas na moeda local, o Real.
Uma das soluções é o adiantamento de recebíveis, que permite que os influenciadores obtenham antecipadamente os valores que têm a receber das plataformas e dos contratos de patrocínio. Isso resolve o problema da espera interminável, oferecendo um fluxo de caixa previsível e seguro, com taxas de juros muito mais baixas do que as do mercado tradicional.
Outra alternativa é a concessão de crédito feita por Inteligência Artificial. Uma IA treinada é capaz de analisar dados públicos e privados da economia criativa (dos privados, apenas aqueles concedidos pelo influenciador) e calcular o risco de cada criativo, levando em conta não apenas o histórico financeiro, mas também a relevância do criador nas plataformas e seu potencial de crescimento. Dessa forma são oferecidas taxas que realmente fazem sentido para o influenciador, ao invés dos juros predatórios dos bancos.
Isso significa que as novas soluções possibilitadas pelo avanço da Web3 já são capazes de aliviar a pressão financeira sobre os criadores de conteúdo, e também de ajudar na expansão dos seus negócios, financiando novos projetos e ideias.
Podemos afirmar que ser influenciador, na sociedade moderna, se tornou um trabalho; muitas vezes em tempo integral. Logo, é essencial que existam mecanismos que apoiem esses profissionais de forma eficiente e que possam movimentar a economia.
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