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Por que devo acompanhar a economia?

Por que devo acompanhar a economia?
Crédito: Freepik

A economia é um nome simples que representa a materialização das ações realizadas no dia a dia. Ela é construída a partir das decisões do cotidiano, tais como escolher qual o melhor meio de transporte para ir ao trabalho, ao procurar um emprego, realizar compras no supermercado e escolher a cesta de bens que cabe no orçamento, levar o filho na escola, destinar horas para lazer e cultura, como ir à praia, viajar, assistir um filme ou peça teatral. Todas essas decisões conversam com a economia.

Chegar bem ao trabalho aumenta a produtividade, que pode significar aumento de salário. Levar o filho à escola, além de ser algo que todo pai e mãe fará de bom grado, é ajudar a formar a futura força de trabalho do país. Compor uma cesta de bens no supermercado deve ser aquela que não te coloque em dívidas e se possível, que contribua para saúde pessoal e a do planeta. Ter lazer faz bem à mente e ao corpo, melhorando a saúde e a longevidade. Sim, lazer é investimento. A cultura também é fundamental para a formação da identidade, pertencimento, conhecimento e cidadania.

Temos que entender que, para tomarmos essas decisões, devemos observar algumas variáveis, ou seja, medidas que afetam essas escolhas. Os preços dos diversos bens e serviços que consumimos, o câmbio, os juros e o salário são fatores presentes na rotina dos consumidores.

Diz o ditado popular que “tudo demais estraga”. Na economia, é ensinado que “os meios são preferíveis aos extremos”. Ou seja, toda decisão feita de forma moderada é melhor. Não é bom para a população, nem preços altos, nem baixos. Ele serve para as demais variáveis como câmbio, juros e salário.

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Compreender como esses e outros indicadores funcionam e como elas afetam a população, orientando os tomadores de decisão, qual o caminho deveria ser seguido, é a função do economista. Como cidadão, entender, pelo menos, o comportamento dessas variáveis mais próximas é fundamental para a construção de uma vida mais tranquila e confortável.

Para ter uma rotina diária saudável é importante seguir algumas dicas; precisamos consumir para sobreviver, mas, é preciso respeitar o orçamento (renda), nunca compre aquilo que não pode pagar, mesmo contando com o cartão de crédito e ao receber a fatura, certifique-se que tem o suficiente para pagar o valor total. Existem várias classificações de bens, mas, vamos dividi-los em necessários e de luxo.

Todo mundo tem direito a um afago no coração e ter uma Ferrari na garagem. O recomendado é analisar as condições financeiras e a utilidade, antes de realizar a compra. Evite o modismo. E sobre os bens necessários, vale checar se os itens consumidos podem fazer bem à saúde.

Nos casos de profissionais que recebem salários altos, não haveria questionamentos, mas um preço, pois significa aumento de custo de produção e repasse no preço final. Remunerações baixas são claramente um problema, pois, não teríamos como sobreviver. Para ter uma boa renda, educação e conhecimento são fundamentais. Na prática, salário é mais analisado como poder de compra, ou seja, se o que você ganha é suficiente para obter uma qualidade de vida minimamente confortável e humanamente digna.

Já no caso do câmbio, que é o preço de uma moeda estrangeira (dólar, libra, euro), você pode não viajar para o exterior e nem comprar bens, mas, muitas empresas no país compram insumos estrangeiros para produzir. Se o câmbio sobe, o insumo fica mais caro e o bem final que você vai consumir também.

Entre mais recomendações, está a compreensão de que os juros são o preço que paga a alguém por te emprestar um crédito. Os bancos são as instituições mais comuns de oferta de crédito e, para obter o dinheiro em ambos, o consumidor paga as taxas. Emergências existem, mas, num cenário de normalidade, o aconselhável é não obter o crédito (seja os empréstimos dos bancos, seja do cartão de crédito) só pensando nas parcelas, muito menos se forem para consumo de bens desnecessários. Os juros são altos e você pode passar muito tempo preso no pagamento. Quando essas e outras variáveis estão desajustadas (muito altas ou muito baixas), ocorrem problemas como inflação, recessão, mudanças nas políticas monetária e fiscal.

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