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Por que a segurança alimentar é desafio no século XXI

Os fenômenos naturais extremos afetam a agroeconomia e a segurança alimentar depende da distribuição da renda per capita
Por que a segurança alimentar é desafio no século XXI
Crédito: Reprodução Adobe Stock

Os alimentos são fontes de energia e saúde essenciais à vida na sua diversidade e centenas deles, cultivados ou não, foram “domesticados” ao longo de milênios de consumo crescente e ofertas de grãos, cereais, oleaginosas, frutas, hortaliças, leite, carnes, ovos, pescados, entre outros, e numa trajetória dinâmica da Ciência & Tecnologia ao gerar inovações agropecuárias.
A população mundial passou de 2,5 bilhões de habitantes em 1950 para 8 bilhões em 2023 (+220%), no mesmo período o Brasil de 51,9 milhões para 203 milhões habitantes (+291,1%), e Minas Gerais de 7,7 milhões para 20,5 milhões de habitantes (+166,2%)(IBGE/ONU).

Prevalece uma relação direta entre aumento demográfico + água + alimentos + energia, entre outros fatores convergentes.

Sabendo-se também que a lógica do mundo natural por suas leis básicas, sinérgicas, deve ser rigorosamente considerada numa perspectiva de tempo nas intervenções humanas em seus domínios nos continentes, mares e oceanos da Terra, e nas múltiplas atividades agropecuárias não poderiam ser diferentes.

Sem exagerar, o ser humano seria um operário da natureza ao exigir-lhe muitos saberes num processo evolutivo, e as culturas e criações são sistemas conectados dentro e fora da porteira da fazenda e submetem-se aos seus respectivos ciclos biológicos e às singularidades produtivas.

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Entretanto, os fenômenos naturais extremos afetam a agroeconomia e a segurança alimentar depende da distribuição da renda per capita!

E mais, a polêmica tese do alimento barato não tem sustentação, produzir custa muito dinheiro, e a redução dos desperdícios alimentares até à mesa do consumidor tem que considerar as consequências socioeconômicas nos processos produtivos nas paisagens rurais e entender a lógica reversa presumível na direção cidade-campo ao limitar a produção agropecuária. A Lei da Oferta e Procura explicaria esses cenários!

A segurança alimentar, como política pública, não se restringe apenas a Minas Gerais e afeta ainda milhões de brasileiros e deverá considerar a produção brasileira de alimentos. A oferta de grãos passou de 52,4 milhões de toneladas em 1984 para 319,8 milhões em 2023 (+510,3%) e 295,4 milhões em 23/24.

E mais, a oferta de grãos, cereais e oleaginosas é resultante dessas diversas regiões produtoras. Norte: 17,8 milhões de toneladas; Nordeste, 28 milhões; Centro-Oeste, 137,8 milhões; Sudeste (MG+SP+ES+RJ), 26 milhões; e Sul, com 85,6 milhões = 295,4 milhões de toneladas (Conab).
Os semiáridos mineiro e do Nordeste brasileiro apresentam bons desempenhos na produção e ofertas de alimentos e emerge a fruticultura no Norte de Minas ligada aos mercados, irrigação, boas práticas e mais 80 mil empregos diretos e indiretos; a região do Jaíba obteve a Indicação Geográfica/INPI e reúne 2.500 fruticultores em 13 municípios(Abanorte). 06/24.

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