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Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono

Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono
Crédito: Freepik

Apesar não haver consenso sobre as questões climáticas entre cientistas, climatologistas e pesquisadores, mas sendo importante o controverso na Ciência & Tecnologia, os cenários climáticos estão sendo colocados à mesa no globo terrestre nesse viger do século XXI e num mundo que supera as fronteiras físicas com as tecnologias de ponta embutidas nos meios de comunicação de massa, entre outras inovações havidas desde a invenção do secular telefone de Graham Bell, em 1876, aos celulares modernos, plataformas digitais e computadores de última geração.

Noutros cenários globais, as relações do homem com os recursos naturais datam de milhares e milhares de anos num processo gradativo, evolutivo e presumivelmente fundamentado nas sinergias alimentos, água, solo, fauna e flora, inclusive com matas e florestas exuberantes ainda cobrindo os continentes da Terra!

Além disso, há bilhões de anos as chamadas “Eras geológicas”, forças hercúleas e transformadoras da natureza, moldaram a face da Terra e continuam ativas até hoje, com suas condicionantes científicas conectadas às mudanças climáticas e aos relevos geográficos, mares e oceanos.

O deserto do Saara, Norte da África, era coberto por uma paisagem verde exuberante há 21 mil anos. Os solos resultam da decomposição da rocha-matriz de origem por ação constante e convergente de agentes físicos, químicos e biológicos!

Segundo a ONU/FAO, “A restauração da terra em grande escala é uma ferramenta poderosa e econômica para combater a desertificação, erosão do solo, perda da produção agrícola, produtividade, além de mitigar as mudanças climáticas e reduzir a perda da biodiversidade.”

Não é fato corrente nenhum evento simples e isolado no mundo natural, e aceita-se que também que “Homo sapiens” existe há apenas 200-300 mil anos, portanto, ele não foi o autor e ator das grandes mudanças havidas no planeta Terra.

Contudo, em 1750 houve a Revolução Industrial e a população da Terra somava 760 milhões de pessoas e 8 bilhões em 2022, mais 952%, o que aumenta e aumentará as pressões de demandas sobre os recursos naturais, finitos, e a crescente perspectiva de acelerar o uso e sua dilapidação!

Num elenco considerável de boas práticas sustentáveis no campo, o foco será na “Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC/Mapa).

O período considerado foi de 2010-2020 e ressaltando os respectivos resultados obtidos nessa linha de tempo num esforço integrado.

Na meta recuperação de pastagens degradadas; planejados 15 milhões de hectares, e consolidados 26,8 milhões (+179%); na integração lavoura-pecuária-floresta, projetados 4 milhões de hectares e resultado de 10,76 milhões (+269%); no sistema plantio direto foram 8 milhões de hectares e obtido 14,59 milhões (+182%); na fixação biológica de nitrogênio no solo, meta de 5,5 milhões de hectares e logrado 11,78 milhões (+214%).

Além disso, nas florestas plantadas 3 milhões de hectares planejados e resultado de 1,88 milhão(63%); no tratamento regular de dejetos de animais de 4,4 milhões de m3 para 38,34 milhões de m3 (+871%).

A área total prevista desse Plano ABC foi de 35,5 milhões de hectares, mas atingiu 54,03 milhões (+52%).

Noutra convergência ambiental de mitigação do efeito estufa expresso em milhões de toneladas de gás CO2 equivalente, a meta era entre 133 milhões a 163 milhões, entretanto, o alcance foi de 193,67 milhões(+119%). Foram investidos R$ 32,27 bilhões (ABC).

Entretanto, as questões ambientais e climáticas estão ligadas diretamente às áreas urbanas e envolvem todas as atividades do comércio, indústria, agroindústria, serviços, saneamento básico, energia, habitação, lixões, poluições veiculares, oferta crescente de água tratada para múltiplos usos, entre outras demandas da sociedade rural e urbana à busca da qualidade de vida e novas oportunidades!

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