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Veja a relação dos números do agronegócio mineiro com a pujança da economia

Os sistemas produtivos do setor envolvem as áreas econômica, social e ambiental
Veja a relação dos números do agronegócio mineiro com a pujança da economia
Crédito: Fernando Siqueira

A diversidade de culturas e criações praticada nos cenários de Minas Gerais – território com 58,6 milhões de hectares; 853 municípios; 607,6 mil estabelecimentos agropecuários abrigando os produtores classificados como familiares, médios e grandes empresários – é reveladora das demandas internas e exportações para 175 países, e o número de estabelecimentos passou de 496,7 mil em 1996 para 607,6 mil em 2017 ou cresceu 22,3% (IBGE).

E mais, somente em 2023, o Brasil conquistou mais 76 novos mercados mundiais mediante acordos nas artes de produzir em grande escala, exportar alimentos num elenco de outros produtos, mas importa 85% dos fertilizantes agrícolas para consumo interno de 45,8 milhões de toneladas em 2023 (Anda).

Agregam-se ainda três cenários nos sistemas produtivos do agronegócio; econômico + social + ambiental. Essa trilogia está colocada à mesa nesse viger do século XXI. Lembre-se ainda que o engenheiro agrônomo e pesquisador Eliseu Alves (PhD) ressaltava que a “sustentabilidade econômica do produtor rural é indissociável da sustentabilidade dos recursos naturais.”

São relações de causas e efeitos e implicam a adoção de boas práticas e gestão, visando bons resultados nas atividades agrossilvipastoris. Além disso, o agronegócio requer crédito rural suficiente, oportuno e conectado à assistência técnica, extensão rural e à pesquisa. Regular acesso aos meios de comunicação eficientes, dinâmicos e confiáveis à tomada de decisão de quem planta, cria, abastece, exporta, preserva e conserva nas paisagens rurais de Minas Gerais.

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O agronegócio mineiro gera milhares e milhares de empregos diretos e indiretos no comércio por vias internas e através das exportações de produtos in natura e processados, sendo que em 2023 foi da ordem de US$ 14,8 bilhões contra US$ 7,30 bilhões em 2012 (+ 102,7%). Em 2022, Minas Gerais ocupava essas posições em relação aos demais estados: 1º lugar (café, batata, alho, marmelo, morango, cenoura, ervilha, leite e derivados, vacas ordenhadas e reflorestamento; 2º lugar (abacate, feijão, limão, laranja, milho, sorgo, tangerina, banana); 3º lugar (abacaxi, amendoim, cana de açúcar, cebola, tomate, figo) de uma lista dos cinco primeiros lugares.

Essas diversas culturas e criações, entre outras indispensáveis, promovem não apenas ganhos de produção e produtividade, entretanto, fazem circular nas regiões produtoras bilhões de reais em logísticas, tecnologias, produtos e serviços agropecuários e florestais.

Nas exportações do agronegócio em 2023, café, complexo soja, carnes bovina, frango e produtos florestais somaram 87,2% do total de US$ 14,8 bilhões, com destaque para o café com 38,8% (Seapa); 80% dos fruticultores mineiros são familiares; 85% dos cafeicultores, 60% dos horticultores e 90% apicultores, e o agro exige políticas públicas!

Em 2023 (MG), foram produzidas 1,26 milhão de toneladas de carne de frango; 5,68 bilhões de ovos de galinha através de 1.661 granjas de corte; 211 granjas de postura; 296,7 mil empregos diretos e indiretos, além 600 mil na fruticultura; 400 mil da horticultura; e 1,2milhão direto na pecuária leiteira. Em 2023, havia quatro milhões de empregos diretos e indiretos na indústria do café em MG (Caged- MTE).

Além disso, os projetos com agricultura irrigada, o que depende também do ciclo hidrológico, preservação de água, onde necessário, e gestão desse recurso hídrico, precioso, coloca Minas Gerais numa posição estratégica no Brasil, com mais de 500 mil hectares irrigados por pivô-central e destacando-se também os municípios de Paracatu, com 79,9 mil hectares, e Unaí, 72,7 mil hectares irrigados. (Ana).

Vale ressaltar o pioneirismo, que os dez primeiros pivôs centrais movidos por energia fotovoltaica, que no conjunto irrigam 96,5 hectares de terra e acionam a bomba d´água estão funcionando no município de Perdizes, no Triângulo Mineiro.

Os Valores Brutos da Produção Agropecuária no Brasil, base nos preços de janeiro de 2024: SP (R$ 158,27 bilhões); MT (R$ 154,35 bilhões); PR (R$ 133,13 bilhões) MG (R$ 129,46 bilhões); RS (R$ 118,46 bilhões); que serão corrigidos até o final de 2024 (ABN/Mapa).

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