Spin-offs como alternativa para inovação: por que apostar nessa estratégia?

O Dia Nacional da Inovação é celebrado em 19 de outubro e foi criado com o objetivo de sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o caráter permanente e contínuo da inovação. É ocasião para reforçar a importância do desenvolvimento tecnológico para o crescimento do país.
Em um mercado cada vez mais competitivo e impulsionado pela tecnologia, muitas empresas já consolidadas no mercado estão transformando suas inovações em Spin-offs. Para quem ainda não conhece o termo ou não sabe bem o que significa, as Spin-offs são novas soluções de negócios que nascem de projetos internos e com o tempo ganham vida própria. Elas surgem como uma oportunidade de expansão, ou mesmo de inserção, em uma nova parcela no mercado ou mesmo em um nicho.
Com o Dia Nacional da Inovação se aproximando, trago aqui uma reflexão para quem deseja compreender o universo das Spin-offs e como elas afetam o mercado: como transformar inovações internas de uma empresa já consolidada em novos negócios de sucesso?
As empresas têm avaliado a alternativa de inovação por meio do desenvolvimento de uma Spin-off; ou, deveriam avaliar por seguir desta forma. Pensando especialmente em mercados concorridos, é importante se questionar cada vez mais sobre “como realmente inovar”. Afinal, quanto mais explorado um mercado, como bem explicam Kim e Mauborgne em “A Estratégia do Oceano Azul”, as fronteiras setoriais passam a estar definidas e aceitas, com regras muito bem estabelecidas no “jogo”.
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Surge, portanto, a necessidade de buscar um oceano azul, límpido, que permita à empresa ter um (ainda) maior espaço de mercado, com um lucro amplificado e um crescimento escalável.
Tendo como base de clientes negócios inovadores, em nosso escritório atuamos na constituição e estruturação de Spin-offs, prestando suporte jurídico principalmente para regularizar a relação entre a empresa “mãe” e a Spin-off. Além disso, ajudamos as lideranças a trazerem a mentalidade de startup para as empresas, especialmente quando as Spin-offs surgem em um contexto mais tradicional.
A estabilidade em empresas é um sonho; mas todo empreendedor e bom gestor sabe que a inovação é contínua e que as demandas de uma sociedade se modificam a todo o tempo, especialmente em um mundo VUCA (Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity), com alta Volatilidade, Incertezas, Complexidades e Ambiguidades a serem enfrentadas.
Assim, as Spin-offs crescem e evoluem. Em muitos casos, a melhor decisão é criar uma nova empresa para impulsionar ainda mais o sucesso, separando as responsabilidades entre as empresas e viabilizando um desenvolvimento mais ágil e independente do negócio principal.
Você pode estar se perguntando, mas será que conheço alguma Spin-off? Alguns exemplos de mercado são: o “Iti” ou o “Cubo”, iniciativas do “Banco Itaú”; a “Youse“, startup da “Caixa Seguradora”; a “Eudora” e a “Quem Disse Berenice?” da “Boticário”; a “Piwi“, corretora online da “Centurium”; a “AWS”, derivada da “Amazon”; o “Post-it“, iniciativa da “3M”; o “BB Seguridade“, Spin-off de seguros do “Banco do Brasil”; e o “Smiles“, iniciativa da “Gol”.
Elas surgem quando empresas decidem colocar em prática estratégias mais arriscadas e ousadas, aproveitando-se de um novo grupo que passa a liderá-las, ainda sob direcionamentos dos interesses de mercado da empresa principal, mas com autonomia, agilidade e desburocratização das atividades.
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