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Sua empresa está preparada para um apagão?

Recentemente, países europeus sofreram com um apagão que atingiu mais de 100 milhões de pessoas
Sua empresa está preparada para um apagão?
Crédito: Adobe Stock

Planos de Continuidade de Negócios ou BCPs (Business Continuity Plans) estão sendo testados em larga escala na Europa neste momento. Um apagão atingiu mais de 100 milhões de pessoas em Portugal, Espanha, partes da França, Alemanha e Itália.

Em 2003, tivemos uma situação similar, um apagão que atingiu Itália, França, Alemanha, Suíça e Áustria. Na época, perdas foram estimadas em 1,2 bilhão de euros. No mesmo ano, um apagão na região nordeste dos Estados Unidos causou perdas estimadas em 7 bilhões de dólares.

É notável o avanço de companhias em todo o mundo em planos de continuidade, recuperação de desastres e análises de impacto nos negócios, tudo isso parte de processos de Gestão de Riscos. Entretanto, esse recente avanço foi principalmente ancorado em cyber apagões ou em parada de sistemas virtuais. E, de repente, a ameaça surge de um velho conhecido, um apagão elétrico.

Empresas preparadas sofrerão menos perdas, outras farão parte das enormes perdas financeiras a serem, em breve, reportadas pela União Europeia. Porém, algumas perguntas são importantes ser feitas: as empresas estão realmente preparadas para um apagão de médio ou longo prazo? 12, 24, 36 horas? Uma semana? Ou ainda:   As indústrias de grande porte conseguem manter sua operação com segurança, qualidade, entregas e custos adequados? 

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O comércio consegue manter estoques cheios e a clientela consumindo?   Bancos podem manter o fluxo financeiro padrão?  Na logística, entregas, rastreamento, o controle de tráfego ferroviário, aeroviário ou marítimo pode ser mantido com performance esperada?

Tendo em vista esse cenário, a sua empresa, está preparada? Você tem um Plano de Continuidade (BCPs) devidamente testado e validado?  Você tem uma análise de impacto nos negócios (BIA – Business Impact Analysis) atualizada? Seus RTOs (Recovery Time Objectives ) e RPOs (Recovery Point Objectives) estão bem definidos? (Os RTOs referem-se ao tempo de inatividade máximo aceitável após uma interrupção e os RPOs definem a quantidade máxima aceitável de perda de dados devido a uma interrupção).

As consequências para empresas despreparadas podem ser enormes. Caso este tema não seja recorrente em sua Diretoria ou em seu Comitê de Gestão de Riscos, ou se você nem conhece esses termos, é provável que não esteja preparado para situações de crise. Assim, é melhor se atualizar.

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