Artigo

Trajetória da cientista política Diva Moreira é homenageada

Diva é uma intelectual negra, notável ativista social em numerosas frentes
Trajetória da cientista política Diva Moreira é homenageada
Crédito: Divulgação

“Uma dessas mulheres que mudam, para melhor, a história.” (Justificativa da homenagem prestada a Diva Moreira )

Confesso-me, com satisfação, amigo e admirador de longa data da cientista política Diva Moreira. Faço parte da legião de pessoas que com arrebatado entusiasmo, aplaudiram a iniciativa do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos MG de dar seu nome a um diploma memorialístico de exaltação democrática. A concessão do “Diploma Diva Moreira”, contemplando, num primeiro momento, 30 cidadãos de diversificadas categorias sociais e profissionais, encerra o propósito de homenagear mineiros alvejados, em seus direitos fundamentais, por perseguições e arbitrariedades cometidas durante o regime instaurado em 64.

O Conselho qualificou os agraciados como exemplos inspiradores na defesa dos ideais democráticos, batalhadores em prol de uma sociedade justa e fraterna onde caibam todos os conceitos de vida.

Além de dar nome à comenda, Diva Moreira recebeu também a láurea numa solenidade bastante concorrida e representativa, que lotou as dependências da “Casa Afonso Pena”, sede da Faculdade de Direito da UFMG. Ovacionada à hora da entrega, quando proferiu magistral discurso, essa impávida guerreira, valorosa mineira de Bocaiúva, compartilhou a homenagem com a ex-presidente Dilma Rousseff (representada no evento), o ex-ministro Nilmário Miranda, Clodsmidt Riani e Helena Greco, já falecidos, além de 25 outras personalidades vítimas da violência do Estado, nos “anos de chumbo”, entre 1964 e 1985. 

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Diva, intelectual negra, notabiliza-se como ativista social em numerosas frentes. Lidera movimentos antirracistas, estando engajada há várias décadas em ações voltadas para reforma sanitária, na luta antimanicomial e pelo aprimoramento do sistema democrático. A defesa da mulher é uma das bandeiras que abraça com fervor. É fundadora da “Casa Dandara”, centro de educação e cultura voltado para a população negra. É dessas mulheres que mudam a história para melhor, conforme dito na justificativa referente à escolha de seu nome como patrona da honraria.

O ato cívico e cultural, realizado no dia 20 de junho, de acordo com seus promotores, serviu para trazer para o debate público, no transcurso dos 60 anos do golpe civil-militar, a relevância da memória histórica, da verdade e da justiça, pilares indispensáveis no processo de construção de uma Nação verdadeiramente independente, soberana e democrática.

2) Incorrigível, o presidente argentino Milei continua, pelo visto, sendo mal aconselhado pelo seu falecido cão de estimação com quem se comunica mediunicamente, conforme assevera. Deixou de comparecer a importante reunião de chefes de governo do Mercosul, no Paraguai, mas esteve em Comboriú participando de encontro de lideranças ultraconservadoras, ocasião em que deitou falação repleta de diatribes. Entre outras assacadilhas, afirmou que a quartelada na Bolívia não passou de autogolpe do presidente Arce…

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas