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Transformação digital no varejo pode ajudar na tomada de decisões embasadas em dados

Digitalização avança à medida que o consumidor se torna mais exigente e imprevisível
Transformação digital no varejo pode ajudar na tomada de decisões embasadas em dados
Foto: Adobe Stock

O varejo brasileiro atravessa um cenário desafiador que exige das empresas resiliência, agilidade e decisões embasadas em dados. Diante de um ambiente econômico marcado por inflação persistente, crédito restrito e queda nas vendas — retração de 0,3% no volume, segundo a Cielo — a sustentabilidade dos negócios depende da capacidade de adaptação e da adoção de estratégias mais inteligentes. Nesse contexto, a tecnologia deixa de ser coadjuvante e assume papel central nas operações.

A digitalização do varejo avança à medida que o consumidor se torna mais exigente e imprevisível. Soluções analíticas e plataformas integradas de gestão permitem decisões baseadas em dados atualizados, o que reduz erros em áreas críticas como estoque, logística, precificação e ações promocionais. O resultado é maior eficiência operacional e melhor alinhamento com as preferências do público.

Uma pesquisa da Neogrid em parceria com o Opinion Box reforça essa necessidade de precisão: 76% dos consumidores valorizam o atendimento presencial, enquanto 84% dão importância a ofertas personalizadas com base em seu histórico de compras. Isso mostra como o uso inteligente de dados pode ser um diferencial competitivo.

Soluções tecnológicas voltadas à cadeia de consumo promovem integração entre indústria, distribuidores e varejistas, com visibilidade em tempo real e previsibilidade de demanda. Essa conectividade contribui para a tomada de decisão mais rápida e alinhada com as dinâmicas do mercado.

O uso de dados também potencializa a colaboração. Compartilhar informações entre os elos da cadeia de consumo permite reduzir desperdícios, alinhar expectativas e aumentar a responsividade do setor. Mais do que automatizar processos, trata-se de criar uma operação mais conectada, eficiente e preparada para oscilações do mercado.

A inteligência aplicada ao ponto de venda (PDV) é outro exemplo prático dessa transformação. Mapas de calor, indicadores de desempenho e auditorias em tempo real permitem ajustar a atuação nas lojas físicas, aumentando a eficácia das ações promocionais e a aderência às preferências locais.

Contudo, a adoção de tecnologia exige mais do que investimento: requer cultura organizacional orientada por dados (data-driven). Isso envolve capacitação, processos claros e uma mentalidade que valorize a informação em todos os níveis da empresa — do escritório à gôndola.

Também é fundamental que as soluções sejam acessíveis a empresas de todos os portes. Modelos em nuvem, serviços por assinatura e interfaces simplificadas são caminhos viáveis para democratizar o acesso à inteligência de dados e fortalecer o ecossistema como um todo.

Mais do que uma resposta a crises pontuais, a digitalização representa uma mudança estrutural. Monitorar, interpretar e agir com base em dados em tempo real tornou-se uma competência essencial. Ao investir nessa jornada, o varejo brasileiro se torna mais preparado para enfrentar os desafios do presente e construir um futuro mais eficiente, integrado e orientado por inteligência.

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