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Invenção japonesa pode ser um salto para o futuro da geração de energia

Criação de um painel de energia solar de titânio e selênio promete ser mais eficiente que os materiais atualmente utilizados
Invenção japonesa pode ser um salto para o futuro da geração de energia
Foto: Reprodução Adobe Stock

“Conquista emocionante” (RodielonPutol, revista Earth.com)

Deparo-me no Google com informação científica de significado vanguardeiro. Passou um tanto despercebida na mídia, soterrada na avalancha das manchetes perturbadoras do dia a dia. Diz respeito a uma experiência japonesa sobre a qual o mundo vai ter ainda muito o que falar.

A criação de um painel de energia solar de titânio e selênio promete ser mil vezes mais potente que os painéis tradicionais de silício, hoje utilizados.

Atentemos para elucidativas explicações trazidas por RodielonPutol, na revista Earth.com. Diz ele: “O titânio lidera o salto mais recente em energia renovável. O Japão acaba de mostrar o primeiro painel solar que utiliza titânio – tecnologia que pode ser mil vezes mais potente que as células tradicionais”. Anota o autor do texto: “Ao aproveitar as propriedades do dióxido de titânio e do selênio, essa abordagem inovadora não apenas aumenta a eficiência, mas também tem o poder de transformar a geração de energia solar”. Frisando que os painéis convencionais usam materiais à base de silício. O articulista registra que “a tecnologia envolve painéis que usam camadas de titânio e selênio nas células fotovoltaicas”.Acrescenta que “os pesquisadores descobriram que podiam aumentar a adesão entre as camadas de óxido de titânio e selênio, o que melhorou a eficiência de conversão de energia e permitiu que mais eletricidade fosse gerada a partir da mesma quantidade de luz solar”.(…) “O titânio é um metal com excepcional resistência à corrosão, o que o torna útil para diversas aplicações. Mas o processo de extração, (…) o torna caro para uso extensivo. Os cientistas desenvolveram processo que pode reduzir o custo do titânio e torná-lo mais acessível para inúmeras aplicações, incluindo energia solar”.

Noutro trecho do artigo é sublinhado que “os resultados da pesquisa têm implicações de longo alcance, para a indústria de energia renovável, e para outros campos que fazem uso do titânio, como a indústria aeroespacial e as tecnologias médicas”. É ressaltado ainda: “O processo utiliza outro elemento raro, o ítrio, comumente usado em uma variedade de tecnologias, incluindo telas de LED e supercondutores. Os pesquisadores reagiram titânio fundido com metal ítrio para produzir uma liga de titânio sólida, desoxigenada e de baixo custo”.

Na conclusão do trabalho, o autor assegura que “Com o advento dos painéis solares de última geração e do titânio mais acessível, o futuro da energia renovável nunca foi tão emocionante”. (…) “O avanço dos painéis solares de titânio no Japão marca não apenas uma evolução na tecnologia solar, mas uma possível mudança de paradigma em vários setores”. (…) “Em essência, este trabalho pioneiro é mais do que uma conquista científica; representa um salto coletivo em direção a um futuro”.

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