Opinião

“Capitalismo Consciente”

“Capitalismo Consciente”
Crédito: Freepik

Tilden Santiago*

“Desejo, posso e consigo”: Frase de uma crença havaiana, dita e repetida, com o charme que lhe é próprio por Juliana Paes, na novela das 7, Totalmente Demais, que deve ter ficado no ouvido de todo telespectador atento a palavras contundentes.
Em tempos de coronavírus fechando a humanidade e de confinamento, elas deveriam ser a força motriz de todos os cidadãos da Terra, liberais, neoliberais, socialistas, comunistas, anarquistas, empresários, trabalhadores (intelectual ou Zé da Silva), todos os líderes especialmente os detentores de poder: financeiro, político, midiático e religioso.

Somos todos navegadores de um mesmo barco! A Terra! Que está à deriva, correndo forte risco de afundar, tanto do ponto de vista sanitário, econômico, político, social, cultural, civilizatório, como ecológico.

Em Minas, a palavra de Juliana Paes está bem em evidência, nas iniciativas tomadas pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO e a nata do empresariado mineiro, com adesão de muitos, demonstrando todos consciência de que num momento como esse, cada um tem de agir a partir da convicção de que “posso, desejo e consigo”.

Desde abril e começo de maio, há 2 movimentos interessantes acontecendo em Minas: o primeiro tem como protagonista o DIÁRIO DO COMÉRCIO. O objetivo deste Movimento é acelerar o processo de transformação dos modelos de negócios das relações e da sociedade. Tem como propósito contribuir com o desenvolvimento de Minas.

O ponto de partida é um aprofundamento que já vem rolando da expressão “Capitalismo Consciente”, gerando a articulação de lideranças, executivos, empresários, instituições governamentais e de pesquisa científica, empreendedores e o conjunto da sociedade em torno do tema e na busca de soluções tão prementes para o momento atual. É o que vem sendo explicitado de maneira firme e brilhante sem meias-palavras, pela presidenta do DC, Adriana Muls “Como podemos construir negócios melhores para uma sociedade melhor?”

O Capitalismo Consciente torna-se possível e provável para empresas e sociedade na medida em que ele seja capaz de focar a complexidade do processo de produção e a totalidade dos agentes que dele participam de diferentes formas. O desafio não tem tamanho: como criar valor e bem-estar para todas as partes interessadas em um negócio, como colaboradores, fornecedores, clientes, a própria sociedade, todos os agentes representativos do capital, do trabalho e do consumo.

Deixo para o próximo artigo a consideração do segundo Movimento mineiro, ligado à Faemg. Comentaremos também a conaturalidade do tema, Capitalismo Consciente com a missão do DIÁRIO DO COMÉRCIO e a inspiração do seu fundador, o jornalista, empresário e homem público, o visionário José Costa. Abordarei alguns desafios que estão colocados, a meu ver, para o movimento do Capitalismo Consciente e comentarei também o primeiro seminário on-line de realizado em 19 e 20/5.

*Jornalista, embaixador e sacerdote itinerante

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