Opinião

Cenários ambientais

Cenários ambientais
Crédito: Pixabay

Estima-se que 75% da cobertura vegetal primária formada durante milênios e milênios já foram dizimadas no planeta Terra. O porquê, uma das condicionantes da produção científica e tecnológica, vasculha as sinergias, havidas e por haver, formulando hipóteses, testando-as, compartilhando saberes, somando-se causas e efeitos, gerando novas pesquisas, que têm o tamanho do globo terrestre e não subestimando ainda as relações da Terra nos cenários do Sistema Solar, e onde é parte indissociável das pesquisas sobre o Cosmo! Sem a luz solar não há fotossíntese, que absorve também o gás carbônico (CO2), gás de efeito estufa, e a Terra também funciona num sistema termodinâmico há milhões de anos.

Muito bem, presumivelmente não há nada de novo nessa limitada abordagem e que implica e recomenda não avançar muito sobre temas complexos, e para além do agronegócio e seus sistemas, como engenheiro-agrônomo por formação. O grande desafio é o como equacionar, dentro do conceito econômico, social e ligado aos recursos naturais, numa perspectiva de sustentabilidade, esses passivos gerados pela ação da sociedade consumidora de tecnologias, produtos e serviços nesse viger do século XXI.

Portanto, debatendo o controverso, revelando esforços governamentais e privados, buscando parcerias, mobilizando cientistas e pesquisadores, definindo claramente os recursos financeiros, selecionando prioridades, reconhecendo e estimulando ações mitigadoras, diferenciando os países ricos e pobres, estabelecendo metas plausíveis, mobilizando apoios de lideranças e comunidades nacionais e internacionais, estabelecendo sistemas de informações eficientes, acessíveis. Educando, orientando e punindo desvios ambientais deliberados, entre outras condicionantes exigidas, transcendem apenas os grandes eventos mundiais, em si mesmos, nas singularidades dos países participantes e suas realidades socioeconômicas!

Embora não sendo um entendido sobre petróleo, uma das fontes de energia, com seus produtos e subprodutos, não vejo como decretar o fim da “Era de Petróleo” num curto e médio prazos, pois o longo prazo continuaria sendo uma hipótese diante de um mundo em permanente mudança.

Evidentemente que haverá o crescimento das fontes alternativas de energia, presumivelmente mais limpas, o que será muito importante à qualidade de vida e ao bom desempenho das economias mundiais, para além do G-20! Estima-se que os EUA consomem 7,3 bilhões de barris de petróleo anualmente. Muda fácil essa fonte mundial de energia?

Em 2020, a produção brasileira de petróleo foi na média de 2,9 milhões de barris por dia ou 1,05 bilhão barris em 2020 (ANP-2020). Um barril de petróleo cru nos EUA tem 158,98 litros, podendo ter discretas variações noutros países produtores! O pré-sal brasileiro respondeu por 69,4% da produção total. Apenas esses dois dados (7,3/1,05), entre centenas de outros, permitem múltiplas comparações econômicas e inferências ambientais substantivas nos cenários naturais; o discurso e a prática são indissociáveis!

Assim, em navegando na internet, sem entrar no mérito e suscitar polêmicas, eis um cenário onde o petróleo é a matéria-prima básica, e sem detalhamentos acerca das tecnologias usadas para o “craqueamento” dessa fonte de combustível fóssil, termo que significa oriundo da terra nos continentes, e das profundezas dos mares e oceanos.

Resumindo-se, o petróleo e seus derivados, através da indústria petroquímica, ofertam e estão presentes: GLP, nafta, gasolina, óleo diesel, querosene, asfalto, embalagens de alimentos e medicamentos, combustível de carros, tratores, aviões, locomotivas, navios cargueiros, etc.

Além disso, da retórica às boas práticas ambientais sustentáveis adotadas, ainda tem um longo caminho pela frente nesse viger do século XXI. Parcerias inteligentes com os recursos naturais; um caminho sem volta para governantes e governados, contudo, repetindo, inovar e renovar custa muito dinheiro, portanto, devendo ser uma conta solidária a pagar, campo e cidade, presumivelmente, enquanto é tempo, pois não há mais tempo a perder!

A natureza emite constantes sinais de alertas, sendo preciso decifrá-los com sabedoria, Ciência & Tecnologia. O Brasil cultiva bons exemplos de sustentabilidade dos recursos naturais e devendo ficar atento às transgressões ambientais. Dois exemplos brasileiros emblemáticos, entre outros: Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), e 268,0 milhões de hectares (31,5% do território brasileiro ou 4,57 vezes maior que o Estado de Minas Gerais) somente dentro dos estabelecimentos rurais são de áreas de Reserva Legal e Preservação Permanente (Embrapa).

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