Café sem Filtro

De Minas para Manhattan: cafés brasileiros ganham espaço na cultura do nova-iorquino

A bebida se tornou um elo entre culturas, um respiro no meio do caos, uma expressão de identidade

Em Nova York, cada nova cafeteria é uma nova experiência. Um dos centros mais vibrantes do mundo também é um dos lugares onde o café mais se movimenta. Por aqui, a bebida que antes era apenas combustível para a rotina frenética dos workaholics se transformou em algo muito maior: um elo entre culturas, um respiro no meio do caos, uma expressão de identidade.

Dos cafés mais minimalistas do Brooklyn aos espaços cheios de design no West Village, a cidade vive hoje uma verdadeira curadoria sensorial. Cafeterias investem em métodos como V60, Chemex, Aeropress e espresso com perfeição quase cirúrgica. O cliente nova-iorquino aprendeu a pedir café por origem, variedade e torra. E, mesmo sem saber, muitos deles estão experimentando cafés brasileiros de altíssima qualidade.

De acordo com a Organização Internacional do Café (OIC), o País exporta mais de 35 milhões de sacas ao ano, abastecendo mais de 120 países. Só de janeiro a novembro de 2024, segundo a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), os Estados Unidos importaram mais de 7 milhões de sacas, reafirmando a liderança no consumo do nosso café.

No centro dessa produção está Minas Gerais, que responde por mais de 50% do café cultivado no Brasil. E não estamos falando apenas de volume, mas de qualidade, diversidade e inovação. Regiões como o Cerrado Mineiro, as Matas de Minas e a Serra da Mantiqueira são hoje reconhecidas mundialmente por suas características únicas de terroir – altitude, clima, solo e técnicas de pós-colheita que resultam em cafés com notas complexas e perfis sensoriais que encantam juízes, baristas e consumidores.

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A jornada do café começa na lavoura, com práticas sustentáveis, colheita seletiva, rastreabilidade e cuidado em cada etapa da cadeia. Passa pelas torrefações artesanais e chega às cafeterias como uma história pronta para ser contada na xícara. A mudança é visível: pequenos produtores se conectando com o mercado externo, cooperativas investindo em capacitação técnica e certificações, e uma geração nova de baristas e coffee hunters ajudando a traduzir esse universo para o consumidor final. O café virou pauta de design, gastronomia, hospitalidade e até saúde. E o Brasil está no centro dessa conversa.

De Minas para Manhattan. O café especial brasileiro vive seu momento mais inspirador. Ele é memória, é sabor, é cheiro de casa. Mas também é futuro – um futuro onde origem, identidade e qualidade caminham juntas. Hoje, o mundo reconhece o café brasileiro como protagonista. E essa nova onda de valorização da origem, do preparo e da experiência sensorial só está começando. Na xícara, um café. No aroma, um Brasil inteiro.

Viva o café especial. Viva o café brasileiro.

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