Café sem Filtro

Mulheres no mercado do café: tradição e inspiração (especial SIC)

Durante a Semana Internacional do Café (SIC), tivemos a oportunidade de conhecer pessoas inspiradoras e cafés repletos de memórias

Sim, existe amor em cada grão de café, e esse amor tem o poder de transformar e impactar todas as pessoas envolvidas nesse circuito: do plantio à colheita, da torra à xícara, cada etapa do processo carrega recordações e muita dedicação.

Na última coluna Café Sem Filtro, falamos sobre a curiosa história do café, e hoje queremos mostrar como a riqueza cultural e histórica dessa iguaria pode transformar gerações. Durante a Semana Internacional do Café (SIC), realizada em Belo Horizonte entre os dias 20 e 22 de novembro, tivemos a oportunidade de conhecer pessoas inspiradoras e cafés repletos de memórias. Duas histórias, em especial, chamaram a nossa atenção por carregarem consigo o poder transformador que mencionamos no início.

Conversar com Ilma, produtora rural cuja família cultiva café desde 1850, foi uma inspiração à parte. Ela preserva com carinho e respeito a propriedade que deu origem às fazendas de sua família, como um tributo ao seu bisavô, e tem o sonho de passar esse legado para as próximas gerações. Há 10 anos, Ilma trabalha com cafés especiais e acredita que a busca por um café de qualidade está diretamente ligada aos sensoriais únicos de sua região.

Localizada na cidade de Campestre (MG), a fazenda de Ilma faz parte da Região Vulcânica que abrange produtores de outros 12 municípios. Seu olhar de amor e cuidado é evidente em suas palavras, cheias de carinho pela lavoura e afeto pela história da família.

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Já Érica, produtora rural e professora, é membro do projeto Mulheres do Café, que nasceu no estado do Espírito Santo com o propósito de fortalecer a presença feminina nas lavouras, promovendo práticas sustentáveis e colaborativas. Seu foco é o cultivo do café Conilon Especial, operado em um sistema agroflorestal e agroecológico.

“Nosso café especial Conilon é de alta qualidade, com sensoriais variados”, explica Érica. Ela ressalta que até mesmo cafés plantados no mesmo sítio podem apresentar perfis sensoriais diferentes dependendo das técnicas de manejo utilizadas. Além disso, destaca que os cafés Arábica e Conilon possuem características distintas, tanto no preparo quanto nos sensoriais, por isso não devem ser comparados.

De acordo com a produtora rural, o projeto Mulheres do Café promove motivação e parceria, ela acredita que as mulheres do agro precisam reconhecer sua força, cuidar de cada etapa do processo com atenção e buscar parcerias que promovam o crescimento conjunto.
Essas histórias são exemplos claros de como o café é muito mais que uma bebida; é uma conexão entre tradição, inovação e transformação.

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