Expedição COP30 – Do cerrado mineiro ao planalto central
Iniciamos nossa jornada de motorhome rumo à COP30 e ela tem sido surpreendente. A expedição já passou por Belo Horizonte, Curvelo, Paracatu e Brasília.
Em Curvelo o foco foi a atuação de jovens em ações climáticas. Conhecemos o trabalho dos Jovens Curvelanos pelo Clima, projeto da Prefeitura de Curvelo, financiado pela Bloomberg Filantropies que apoia jovens empreendedores de 15 a 24 anos, com valores de até R$ 25 mil para implementação de projetos relativos a energia limpa, economia circular, mobilidade urbana, reflorestamento, saneamento, adaptação climática e educação ambiental.
Em Paracatu conhecemos a experiência do Parque Municipal dos Buritis, uma área de 10 hectares que fornece à população um espaço de interação direta com a natureza, esporte e lazer. Além disso, o parque faz parte da estratégia da Defesa Civil Municipal e funciona como refúgio climático, em momentos de ondas de calor. Aqui os membros da expedição plantaram árvores e receberam um conselho vital do senhor Divino:
– Plantar é importante, mas tão importante quanto plantar é cuidar. Precisamos cuidar mais da natureza.
Chegamos então na capital do Brasil, onde encontramos especialistas e professores da UNB em um papo essencial sobre financiamento climático. Aqui o representante do Ministério da Fazenda, Guilherme Laux explicou o projeto do Fundo Permanente de Florestas Tropicais (TFFF), liderado pelo Brasil que busca recompensar financeiramente os países que preservarem suas florestas tropicais.
O funcionamento do fundo é bastante interessante: cria-se um fundo que reúne capitais públicos e privados, e esses recursos compõem uma base financeira que permite o pagamento por resultado aos países que mantém ou melhoram a cobertura vegetal de seus territórios sem burocracia. Sendo que 20%, dos valores recebidos são destinados às comunidades e povos tradicionais.
Ouvimos também o representante do Ministério das Cidades Yuri que compartilhou a necessidade de integração das ações das diferentes esferas governamentais: municipal, estadual e federal e também falou sobre a importância da governança participativa que envolve o governo, o terceiro setor, as empresas e os cidadãos.
Pelo percurso ainda conversamos com diversas pessoas a fim de coletar percepções a realidade climática. Ouvimos um inventor, um bioarquiteto, uma terapeuta consensial, e muitas outras pessoas cujos depoimentos estão sendo gravados para o nosso documentário.
Seguimos hoje pelo Planalto Central, onde percorremos a melhor representação do Cerrado Brasileiro, a Chapada dos Veadeiros. Estamos especialmente atentos a esse bioma, altamente vulnerável aos impactos da mudança do clima, uma vez que trata-se do centro da segurança alimentar mundial.
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