Capitalismo Consciente

Comunicação clara traz uma cultura consistente para as organizações

Um líder que não se conecta de forma genuína e transparente levanta muros ao invés de pontes

Fazer reflexões sobre a relação da comunicação com a formação de uma cultura forte, consistente e reconhecida pelos colaboradores, é um grande desafio. A cultura de uma empresa, por sua natureza, é formada e vivida no dia a dia, e a comunicação é a condição sine qua non para que essa vivência seja experiencial. Ela tem uma função maior do que, apenas, transmitir os valores, a missão e a visão da empresa, mas conectar pessoas, recriar significados e aprimorar as ações que fortalecem o ambiente de trabalho.

Ainda, a comunicação conectiva é aquela que conecta pessoas e facilita a conexão da cultura aos contextos extremamente desafiadores da atualidade. E isto se dá, com toda certeza, a partir de narrativas e ações de seus dirigentes, lideranças e equipes, pois, na essência da comunicação – “tornar comum” – é preciso que esta aconteça de forma colaborativa e que entregue mensagens e canais onde todos têm voz e participação. Se a empresa estimula e promove um ambiente de escuta ativa, a comunicação se torna circular e passa a ser o principal fator para a criação de uma cultura organizacional reconhecida, inclusiva e alinhada aos objetivos e estratégias da empresa.

Posto isto, para se ter uma Comunicação Conectiva, é preciso que esta se forme, estrategicamente, entre lideranças que aprendem intencionalmente e compartilham conscientemente seus conteúdos, orientações e feedbacks. E, em se tratando de feedback – um grande vilão empresarial – a comunicação clara se torna ainda mais urgente, pois uma cultura forte estabelece um feedback constante, onde as lideranças – diretivas ou táticas – se comunicam frequentemente de forma conectiva, direta e honesta. Assim, com um esforço contínuo de criar diálogos de valor, a cultura é fortalecida a cada interação e esse sistema comunicacional acaba por atuar como fomentador de uma cultura organizacional que deve ser, diariamente, entendida, atualizada e reconstruída por todos, contribuindo de forma significativa para o alinhamento estratégico e o engajamento coletivo. Onde não há transparência, clareza ou efetividade na comunicação, dificilmente existirá um engajamento de valores, ideias e comportamentos.

Ainda estamos investindo muito para que as lideranças sejam conscientes de si e do outro, que explicitem e traduzam os objetivos corporativos, a estratégia a ser adotada e os princípios que guiam, tanto seu próprio comportamento quanto as ações da empresa. A verdade é que, a esta altura, este comprometimento já deveria ser natural àqueles chegam em cargos de liderança, entendendo que o engajamento dos liderados pode fortalecer ou enfraquecer o valor de seu papel, que deve ser de inspirar um a um na construção de uma cultura organizacional sólida e resiliente.

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Um líder que não se conecta de forma genuína e transparente está levantando muros ao invés de pontes.

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