Capitalismo Consciente

A consciência nossa de cada dia

A consciência nossa de cada dia

Hoje eu vim falar de consciência.

Segundo a filosofia, a consciência pode definir-se como a fonte de conhecimento e de verdade que o ser humano possui de seus próprios pensamentos. Existem dois tipos de consciência: a imediata e a refletida.

A consciência imediata, também conhecida como espontânea, remete para a existência do ser humano perante si mesmo, no momento em que ele pensa ou age. Ou melhor, é a totalidade do sentir, perceber, imaginar e pensar num determinado momento. Já a consciência refletida ou secundária, é a capacidade do ser humano de recuar perante os seus pensamentos, julgá-los e analisá-los.

De acordo com Descartes e o seu princípio “penso, logo existo”, a consciência surge como fundamento e modelo de todo o conhecimento. Através dela sabe-se que se existe e que se é, ou seja, uma coisa pensante, uma alma separada do corpo.

Trazendo o conceito de consciência para os dias atuais, pode-se defini-la como tudo aquilo que você reconhece como sendo parte de você, o que você dá importância e notoriedade, que você dá valor e se sente responsável, e isso é o que determina o nível da sua consciência.

Segundo Michael Oliveira em um artigo publicado no site do Instituto Brasileiro de Liderança (IBL): “Esse é um tema muito recente do estudo humano; cada pessoa é capaz de olhar para fora em uma escala.

Existem pessoas que têm horizontes infinitos, desde o olhar para o outro até mesmo para o mundo.

Entretanto, também existem aquelas que não são capazes de olhar para fora de si e acabam tendo um nível de consciência muito reduzido.”

Vale entender que a consciência influencia na forma como nós evoluímos, como o mundo evolui, as pessoas, as organizações, a cultura, a história. E a partir daí podemos observar como a evolução da consciência se tornou fator crucial no momento atual.

E entrando na temática da Liderança Consciente, dentro do mundo corporativo, os níveis de consciência também impactam na forma com que a economia se desenvolve, já que dentro das organizações podemos encontrar quatro níveis de consciência necessários para os novos líderes. Alguns desses níveis foram citados por Michael Oliveira e vou compartilhar aqui:

Nível emocional – A consciência emocional é muito reativa, a pessoa reage ao meio, tem uma postura impulsiva quanto às coisas que acontecem ao entorno dela. Essas pessoas sentem-se responsáveis por si.

Nível racional – Esse nível de consciência já trabalha em um pensamento mais estruturado, racionalizado, que age com disciplina e planejamento. As pessoas que esse nível predomina sentem-se mais responsáveis pelos seus.

Nível criativo – O nível de consciência criativa envolve a curiosidade, a exploração, o senso de investigação, de perguntar, de querer saber. Essa pessoa sempre se coloca sempre a inventar, transformar e imaginar. As pessoas que têm esse nível de consciência olham mais para os seus de uma forma mais fluida e aberta.

Nível sentimental – Quando você continua a desenvolver a sua consciência, vai expandindo, chega ao nível sentimental. Aqui a pessoa começa orientar a sua vida e perceber as coisas a partir de valores que estão no coração. Ela se preocupa em como neutralizar o impacto que gera, com o legado que deixa, em como ela pode ajudar as pessoas, a comunidade, o meio ambiente, o planeta. Essas pessoas sentem-se responsáveis pelo mundo.

As lideranças que encabeçam e abraçam esses movimentos são líderes com níveis de consciência que se preocupam com o que estão fazendo com os seus e com o meio, carregando valores como prosperidade, colaboração, sustentabilidade.

A transformação que vamos presenciar no futuro próximo será liderada pela consciência e pelo coração. E essa transformação será necessária para que as empresas passem a aderir ao movimento do Capitalismo Consciente. É um caminho sem volta, já que a intenção do Capitalismo Consciente é integrar valores éticos, conscientes e sociais à atuação das empresas.

Líderes do futuro têm modelo mental expandido, são inclusivos, sensíveis, compassivos com pensamento criativo, tem paixão por novas ideias, preocupação com os desafios globais e com o outro, nesse caso, os seus colaboradores. Assumem papéis decisivos na construção de um novo ambiente de trabalho para sua equipe – mais humano e inclusivo. Eles mudam a história e deixam um legado inquestionável por onde passam.

Os líderes que conseguirem olhar para dentro e para o outro no mesmo nível de empatia e humanidade são os que vão estar à frente dessa nova transformação.

A pergunta que deixo aqui para vocês é: Qual é o legado da sua liderança? Lembre-se: é tempo de reinventar profunda e rapidamente a sua missão enquanto líder.

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