Capitalismo Consciente

Era da Longevidade demanda apoio das empresas

Crescimento da população sênior não pode ser visto apenas como um desafio, mas sim como uma oportunidade

A sociedade está envelhecendo. Com avanços na medicina e melhorias na qualidade de vida, a longevidade deixou de ser um privilégio para se tornar uma realidade para a maioria das pessoas. Esse novo cenário, no entanto, traz desafios que exigem atenção de empresas, governos e da sociedade como um todo. No contexto do Capitalismo Consciente, que tem nos stakeholders um de seus pilares, é essencial que as organizações reconheçam essa transformação e adotem estratégias para apoiar tanto seus consumidores quanto seus colaboradores nessa jornada.

Para se ter uma ideia da dimensão dessa mudança, Minas Gerais já possui 3,9 milhões de pessoas idosas, representando 18,3% da população do Estado, superando o percentual de crianças (17,9%), segundo o IBGE. Em Belo Horizonte, essa fatia já se aproxima dos 20% em 2024, evidenciando que a sociedade está envelhecendo em um ritmo acelerado. Esse cenário impõe mudanças não apenas para o mercado de trabalho, mas também para as estratégias empresariais e de consumo.

Hoje, pessoas com 40+ e 50+ estão diante de um cenário para o qual não foram preparadas: viverão mais tempo e precisarão garantir segurança financeira por mais anos. Muitos se deparam com a realidade de que não poderão se aposentar tão cedo e precisarão replanejar suas trajetórias profissionais.

Neste contexto, um ponto central emerge: as pessoas precisarão de mais de uma carreira ao longo da vida. O empreendedorismo surge como uma possibilidade natural, pois permite flexibilidade, autonomia e a construção de algo que esteja alinhado às novas realidades e interesses desse público, setores como o mercado imobiliário podem se beneficiar desse novo perfil de profissionais. A atuação como corretores de imóveis, por exemplo, pode ser uma excelente oportunidade para pessoas em transição de carreira, que trazem consigo uma bagagem profissional e uma capacidade de relacionamento e negociação desenvolvida ao longo dos anos.

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O olhar para os stakeholders no Capitalismo Consciente reforça a necessidade de as empresas apoiarem essas mudanças, criando ambientes que favoreçam a inclusão de profissionais mais experientes, oferecendo programas de desenvolvimento e novas oportunidades de carreira. Da mesma forma, as marcas precisam compreender as necessidades desse público como consumidores, adaptando produtos, serviços e experiências para um grupo que tem novas demandas e padrões de consumo.

O crescimento da população sênior não pode ser visto apenas como um desafio, mas sim como uma oportunidade para negócios que souberem se adaptar e inovar. As empresas que abraçarem essa transformação não só estarão alinhadas a um propósito maior, como também terão vantagem competitiva ao conectar-se de forma mais genuína. A longevidade já é uma realidade. A questão é: quais empresas estarão preparadas para crescer de forma consciente nesse novo cenário?

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