Fechar bem o ano requer mais que números
O final do ano traz momentos de fechamento de ciclos, prestação de contas e definição das bases para o próximo planejamento. E, lógico, também apresenta novas janelas e oportunidades, quase sempre, descritas em planejamentos estratégicos nas mais diversas empresas.
Mas, de que maneira a forma de comunicar ajuda na compreensão e na execução da estratégia do próximo ciclo? E por que esse tema é – especialmente – relevante no final de ano?
No fechamento do ano, não é apenas o que a empresa entrega que está em julgamento — mas como ela comunica resultados, aprendizados e decisões. Essa comunicação define o nível de confiança com que o próximo ciclo começa. Então, como é possível ler este momento – a partir de argumentos-chave alinhados aos pilares do Capitalismo Consciente – senão por meio de sua aplicação?
Sinteticamente, assim podemos traduzir a estratégia a partir do Propósito Maior: é preciso comunicar o fechamento do ano com coerência, leveza e direção. Este é um momento em que podemos cristalizar valores norteadores e sua conexão com o propósito da organização. Neste sentido, o discurso precisa ser confrontado com as decisões reais tomadas, entregando uma comunicação consciente onde a empresa reconhece tensões entre ideal e execução. Na contramão da transparência, silêncios estratégicos no fim do ano apenas fragilizam a credibilidade do propósito e de sua verdadeira capacidade de dirigir seus líderes e liderados.
Outro ponto importante, que conecta a empresa ao Capitalismo Consciente, é o entendimento de que seus stakeholders – colaboradores, investidores e parceiros – avaliam se foram tratados com respeito ao longo do ano, se a relação construiu valor, se a comunicação foi seletiva ou excessivamente otimista, podendo ter gerado falhas e dúvidas quanto à sua veracidade. Afinal, empresas conscientes ajustam a narrativa para cada stakeholder, sem perder sua consistência e geram, a cada nova mensagem, confiança, zelo e consistência no fechamento de seus ciclos.
Ao tangenciar a liderança consciente, tudo importa: desde o tom, o grau de maturidade emocional da liderança que reconhece erros e, com isso, fortalecem autoridade moral. Ainda, uma comunicação que evidencia diálogos de valor não abre espaço para ruído e interpretações paralelas.
Chegando ao pilar cultura consciente, é na forma de comunicar e celebrar que se cria uma memória cronológica e marcante. A forma como o ano é encerrado se torna referência cultural e registra aprendizados, não apenas conquistas. Diga-se, claro, que cultura é o que a empresa escolhe lembrar.
Empresa que comunica bem o fim do ano começa melhor o próximo.
Ouça a rádio de Minas