Construindo o amanhã

A nova era da Inteligência Emocional é fundamental para a formação de líderes

Liderar vai além de técnicas e estratégias; envolve reconhecer, entender e gerir nossas emoções e as dos outros
A nova era da Inteligência Emocional é fundamental para a formação de líderes

Todo mês, ao escrever para esta coluna, mergulho em estudos para trazer algo relevante para você, leitor. Este mês, refleti sobre o que mais poderia acrescentar ao tema da Inteligência Emocional (IE) – um tópico já tão discutido, mas ainda fundamental na formação de líderes.

É inevitável mencionar Daniel Goleman, o renomado psicólogo que, na década de 1990, trouxe à tona o conceito de IE, mudando para sempre a forma como entendemos a liderança. Ele nos mostrou que liderar vai além de técnicas e estratégias; envolve reconhecer, entender e gerir nossas emoções e as dos outros.

Enquanto continuava minha pesquisa, me deparei com a história de SatyaNadella, CEO da Microsoft, e confesso que fiquei fascinada. Através de suas experiências pessoais, Nadella aprendeu que liderar com empatia não apenas impulsiona a inovação, mas também transforma organizações em verdadeiras referências focadas no cliente, impactando positivamente a vida de milhões de pessoas.

São muitos os exemplos de líderes que aplicam a Inteligência Emocional, assim como são diversas as organizações que se destacam ao desenvolver essa habilidade crucial em seus colaboradores, como o Google, com seu programa ‘Search InsideYourself’, que combina mindfulness com IE para melhorar a resiliência e a colaboração, ou a Johnson & Johnson, que segue fielmente os princípios de seu Credo, promovendo uma cultura de cuidado e transparência.

Quando trazemos o tema da IE para os tempos atuais, onde a tecnologia e a globalização imperam, me pergunto: estamos também vivendo uma nova era da inteligência emocional? Para mim, a IE se torna ainda mais essencial.

Com organizações cada vez mais digitais e equipes espalhadas pelo mundo, a capacidade de líderes e colaboradores de se conectarem emocionalmente, mesmo à distância, é fundamental para manter a coesão e o engajamento.

Adicionalmente, em um cenário empresarial complexo e dinâmico, onde as mudanças são rápidas e as incertezas prevalecem, a IE permite que líderes tomem decisões mais informadas e compassivas, guiando equipes com resiliência e empatia.

Além disso, a IE fortalece a capacidade das organizações de inovar, adaptando-se rapidamente às novas realidades do mercado, sem perder de vista as necessidades humanas em um mundo cada vez mais tecnológico.

Como garantimos que as gerações futuras estão sendo formadas para liderar nesse mundo complexo de forma empática e com inteligência emocional? A meu ver, preparar esses jovens desde cedo, investindo no desenvolvimento de inteligência emocional junto às habilidades técnicas definirá os grandes líderes do amanhã – aqueles que não só atingem resultados, mas também deixam um impacto positivo, moldando organizações mais justas e humanas.

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