Por que pessoas é que (pro) movem as marcas
Há empresas com marcas altamente reconhecidas e de grande importância financeira. Esse valor pode estar ligado à identidade da organização ou à popularidade de um produto específico, um fenômeno conhecido como brand equity. A força da marca espelha uma estratégia de branding que permite à empresa construir uma conexão duradoura com seu público consumidor. Não é por acaso que Amazon, Apple, Google, Microsoft e Meta são consideradas as big techs mais valiosas do mundo.
Contudo, uma marca de destaque não surge repentinamente. Sempre há um colaborador visionário, incorporando o conceito de disrupção em suas práticas. Foi assim que grandes impérios foram construídos. Todas as marcas mencionadas anteriormente teriam pouco valor sem as pessoas que impulsionam seu sucesso. Afinal, o que resta quando retiramos os profissionais de uma empresa? Apenas os móveis e as tecnologias.
Nesse contexto, observamos organizações que buscam se destacar no cenário nacional e global, mas que não demonstram uma preocupação genuína com as pessoas. A marca não emociona; são as pessoas que o fazem!
Empresas mais humanizadas e lideranças inspiradoras nunca foram tão essenciais. É crucial promover um ambiente corporativo harmonioso e equilibrado, no qual todos os colaboradores possam ser autênticos. Isso implica incorporar a diversidade em sua essência, considerando aspectos que vão além dos pilares tradicionais de raça, cor e gênero. Embora a busca por resultados seja fundamental, não deve ser alcançada a qualquer custo. Aqueles que consideram discussões sobre capitalismo consciente, propósito, legado e bem-estar no trabalho como simples tendências corporativas estão equivocados, afinal esses fatores têm impacto direto no desempenho financeiro e futuro da organização.
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São os talentos que impulsionam as marcas líderes no mercado. Nesse cenário, a gestão desempenha um papel vital ao guiar pessoas, projetos e processos em ambientes dinâmicos e em evolução constante. Liderar é desafiador e tende a se tornar cada vez mais complexo. Portanto, desenvolver competências e habilidades interpessoais, as chamadas soft skills, é fundamental para quem almeja cargos de liderança.
Na era atual, em que o termo “reter” já não é mais adequado – afinal, retêm-se prisioneiros e engajam-se pessoas –, é dever do líder fornecer as ferramentas necessárias para o desenvolvimento de cada membro de sua equipe. Os líderes devem investir tempo para conhecer profundamente seus colaboradores. Como oferecer orientação adequada sem compreender quem é o liderado? Sabemos que não é possível dissociar a pessoa do âmbito pessoal do profissional; assim, tudo o que somos, incluindo nossos medos, receios, potenciais e limitações, faz parte de nossa essência e nos acompanha em qualquer ambiente.
Diante da constante revisão e questionamentos dos modelos de trabalho (com a crescente adoção do híbrido), torna-se essencial que a liderança transcenda a mera gestão de poder e controle, passando a focar na performance. O líder deve inspirar seus colaboradores a questionar continuamente o status quo, pois o que funciona hoje pode se tornar obsoleto amanhã. Essa mentalidade inovadora é o que distingue os profissionais excepcionais dos medianos. É essencial adotar uma abordagem proativa e buscar continuamente o autoconhecimento. Isso auxilia cada pessoa a identificar áreas de aprimoramento em sua vida pessoal e profissional, estabelecendo metas claras para a carreira e compreendendo os passos necessários para avançar ou progredir em sua função atual.
Cabe também às áreas de recursos humanos e aos conselheiros de administração estarem atentos às práticas de gestão de pessoas. Planejar ações que estimulem o potencial de cada colaborador traz benefícios tangíveis para a organização. É crucial cultivar um ambiente de trabalho positivo, oferecer remuneração competitiva e promover uma cultura inclusiva, onde todos tenham voz.
Ao seguir esse caminho, é possível construir marcas poderosas e distintas no mercado. Empresas focadas apenas nos resultados adoecem colaboradores, aumentando o absenteísmo e o turn over. A vida abrange muito mais do que apenas responsabilidades financeiras e obrigações profissionais. É necessário dedicar tempo e esforço às ocupações, porém, equilíbrio é igualmente vital. Já foi comprovado que o ócio é criativo e não seria isso a base para a tal procurada inovação, dentro das empresas?
Apesar da relevância das tecnologias, processos e recursos, são as pessoas que impulsionam uma empresa. Elas são os principais catalisadores da inovação, produtividade e êxito empresarial, sendo o cerne da organização. Logo, é vital que as empresas priorizem o bem-estar, desenvolvimento e engajamento dos colaboradores para alcançar um desempenho excepcional no mercado.
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