Carreira em Foco

Reter é coisa do passado: veja por que sua empresa precisa engajar as pessoas

Atualmente, a empresa escolhe o profissional que, por sua vez, decide se quer trabalhar em determinada organização

Dentro das empresas, independentemente do porte e nacionalidade, as pessoas sempre são o tema central. Isso se aplica até mesmo às organizações altamente tecnológicas, como Google, Meta e Tesla. Se removermos as pessoas das companhias, restam apenas móveis e tecnologia. Portanto, é crucial implementar estratégias inteligentes e efetivas não só para atrair novos talentos, mas também para mantê-los leais.

 Nos processos de gestão de talentos há anos consolidaram-se os pilares de recursos humanos: atrair, reter e desenvolver os colaboradores. Com a crescente adoção da diversidade com equidade, inclusão e acessibilidade em seus diversos aspectos – que vão além de gênero, raça e deficiência –, o público dentro das empresas tornou-se mais diverso, aumentando a probabilidade de ocorrência de conflitos. Apesar da conotação negativa, o conflito bem gerenciado e mediado impulsiona a inovação, tão almejada pelas organizações que se preocupam com sua perpetuidade.

 A cada inserção de gerações nas empresas, novos paradigmas são estabelecidos e é de vital importância entendê-los e se adaptar a eles. A geração X (nascidos entre 1965 e 1980) não mantém a lealdade de trabalhar na mesma empresa até a aposentadoria, como era comum entre os Baby Boomers (nascidos entre 1945 e 1964). Já a geração Y (nascidos entre 1981 e 1995) questiona o status quo e busca entender os motivos por trás das atividades, além de estar mais atenta à conexão com o propósito de vida. Por sua vez, a geração Z (nascidos entre 1996 e 2010) valoriza mais a flexibilidade nos modelos de trabalho (home office ou híbrido) e busca experiências significativas, bem como um ambiente de trabalho equilibrado.

Atualmente, o poder de decisão é compartilhado: a empresa escolhe o profissional que, por sua vez, decide se quer trabalhar em determinada organização. Quando se fala em atrair talentos, é importante lembrar que os profissionais estão atentos às práticas de compliance, ESG (governança ambiental, social e corporativa), cultura organizacional, modelo de trabalho e outros aspectos, que podem impactar positiva ou negativamente em sua decisão em um processo seletivo. Ter colaboradores engajados pode contribuir para a reputação positiva da marca.

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 Quanto ao termo “reter”, vale destacar que caiu em desuso há tempos. Colaboradores não são retidos, mas engajados. Engajamento é a principal forma de obter a lealdade dos profissionais que atuam na empresa. Ele mede o sucesso de uma organização e o senso de propósito no trabalho dos funcionários.
Ter colaboradores determinados e engajados com o negócio é crucial para qualquer empresa. Portanto, a performance e o rendimento deles impactam diretamente, melhorando (ou não) seus resultados e, consequentemente, aumentando a competitividade no mercado. Nesse sentido, a produtividade tornou-se a estratégia para alcançar resultados satisfatórios a um custo mais baixo, em menos tempo e com mais qualidade. Sem um time comprometido com os resultados, a empresa corre grandes riscos de não aumentar seu faturamento, além de perder seus melhores talentos.

 É de vital importância que as lideranças entendam que colaboradores engajados tendem a ser mais produtivos e a se sentirem conectados com a missão e os objetivos da companhia, o que os motiva a trabalhar com mais afinco. Além disso, são mais propensos a permanecer na empresa a longo prazo, reduzindo o turnover e os custos associados a contratações e treinamentos. Também são mais dispostos a contribuir com soluções inovadoras para os desafios da organização, pois se sentem mais incentivados a compartilhar suas opiniões e perspectivas.

Criar engajamento nos colaboradores é um processo contínuo que requer atenção e esforço por parte dos líderes, da alta gestão e dos conselhos de administração. Nesse sentido, ter uma comunicação clara é essencial, bem como definir metas específicas e mensuráveis para a equipe, alinhadas com os objetivos organizacionais. Mas, é preciso certificar-se de que essas metas sejam desafiadoras, porém alcançáveis, para motivar os funcionários a se esforçarem e terem senso de realização.

Não menos importante, é preciso valorizar a dedicação dos funcionários. Pode ser por meio de elogios públicos, programas de reconhecimento, premiações, bonificações ou outras formas de recompensa. Também é essencial promover um ambiente de trabalho positivo e equilibrado, além de dar feedbacks constantes para a equipe.

 São muitas as estratégias que podem ser implementadas para engajar funcionários, promovendo o sucesso e o crescimento a longo prazo da empresa e evitando que os melhores talentos sejam atraídos por possíveis abordagens de concorrentes. Pense nisso!

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