Você colhe o que planta?

A expressão “Carpe Diem” quer dizer “colha o dia”. Colha hoje o fruto que está maduro, pois amanhã estará passado. Por isso, em vez de nos preocuparmos apenas com o futuro, é importante ter atenção ao nosso presente, pois terá reflexo lá na frente. Nossas decisões, ações e palavras sempre reverberam com o tempo. Portanto, é preciso plantar o presente para colher o futuro.

Lembre-se, também, que a vida é feita de fases: em alguns momentos, plantio, em outros, colheita. E aí eu lhe pergunto: “O que você tem plantado para a sua carreira profissional? Se preocupa como tem construído sua imagem e reputação? É um profissional que todos dariam boa referência?” Ninguém alcança vitórias sem ter se dedicado arduamente. É improvável se tornar um gerente, diretor ou presidente da noite para o dia. Ninguém colhe se não plantar.

Existe um ditado que diz: “O que vai, volta”. A Bíblia, que muito nos ensina, fala sobre isto em Gálatas 6:7: “Aquilo que o homem semear, isso também ceifará”. E nós geralmente colhemos muito mais do que semeamos. Por isso, é tão importante nos preocuparmos com nosso legado dentro das organizações. O que você faz com todo o conhecimento adquirido? Como você tem impactado positivamente a sociedade com o seu trabalho? Já parou para refletir sobre isso ou 2023 será apenas mais um ano em sua vida? Você tem plantado gratidão em tudo o que faz? Seu trabalho tem sido feito com esmero e máxima qualidade, independentemente da posição que você exerce?

Suas decisões são como sementes que você mesmo planta, sendo boas ou ruins. Plantar algo na sua vida é opção; mas colher é inevitável. Por isso, cultive também a humildade, já que sabemos que ninguém sabe tudo; não é verdade? Ao contrário, estamos constantemente em evolução nessa curta jornada aqui na Terra. E você, que sementes, tem cultivado em sua vida pessoal e profissional? Quais marcas tem deixado nas pessoas em seu dia a dia?

Em meio à intensa e corrida agenda, com cobranças cada vez maiores dos líderes e clientes, muitas vezes entramos no “piloto automático”, e a vida vai passando na frente dos nossos olhos. Quando percebemos, anos se passaram. E é preciso sempre lembrar qual legado estamos deixando. Cada vez mais, as empresas valorizam, estrategicamente, o foco no coletivo em sobreposição ao individualismo. Consequentemente, busca-se a gestão humanizada, que tem impactado milhares de negócios.

Em um passado recente, acreditávamos que seríamos libertados pela ciência e pela tecnologia. Mas vemos que isso não alivia a angústia humana. Precisamos de mais robôs ou mais líderes que conversam olhando nos seus olhos? Mais tecnologia ou mais humanização? Em meio a esse contexto das organizações, mesmo diante das adversidades, é preciso manter a esperança de uma sociedade e de empresas melhores.

Ter esperança é importante para os indivíduos levarem uma vida menos ácida e com mais leveza, proporcionando uma visão de mundo mais ampliada positivamente.

Precisamos ter um sentimento de futuro otimista para conseguir seguir a nossa caminhada; não é verdade? A importância de ter esperança está no fato de que ela nos faz dar mais um passo, correr o risco necessário, enfrentar a sensação de angústia e superar obstáculos. E não é exatamente isso que as empresas fazem todos os dias? Reinvenção diária é a palavra de ordem. Em meio à nossa curta vida, também não é o que fazemos diariamente?

A esperança é a vacina contra o desânimo e contra o nosso próprio egoísmo, porque apoiados nela buscamos a construção de um mundo melhor. Sem esperança, endurecemos nossos sentimentos, enfraquecemos nossos relacionamentos e deixamos a vida mais cinza, perdendo parte do seu sabor.

É a esperança que nos faz acordar cedo para trabalhar, que nos dá ânimo e alegria, mesmo porque a felicidade não está no ponto de chegada, mas, sim, na jornada que fazemos para conquistar nossos objetivos. Perder a esperança é como uma flor que não recebe água: com o tempo, vai murchando. E não podemos passar pela vida sem aproveitá-la. Como diria o físico Albert Einstein, “a vida é igual a andar de bicicleta. Para manter o equilíbrio, é preciso se manter em movimento.”