Espiritualidade nos Negócios

A felicidade versus o NPS

III Relatório Mundial de Felicidade no Trabalho destaca o tema

Hoje falaremos do III Relatório Mundial de Felicidade no Trabalho, divulgado recentemente no Brasil.
Em sua terceira edição, a Pesquisa sobre Felicidade no Trabalho, conduzida pela Happyforce em conjunto com a World Happiness Foundation e a Universidade de Málaga, coletou respostas globais abertas de funcionários de diferentes setores e países. No Brasil, contou com o apoio do Mapa de Talentos, da Lider Academy – na tradução, adaptação e análise dos dados locais – e da ABRH-SP, na divulgação.

A pesquisa contou com 2.700 participantes ao redor do mundo, sendo 45% da Europa, 45% da América Latina, 10% do Brasil e 10% de outros países. Desse total, 49,5% são funcionários e 50,1% são líderes.
Ficou evidente na pesquisa que há uma lacuna entre o que os profissionais acreditam e como percebem as ações realizadas pelas empresas: 98,37% dos profissionais acreditam que seu trabalho deve contribuir para sua felicidade, mas apenas 47,96% consideram que isso realmente ocorre.

Outro dado relevante apontado pela pesquisa é que funcionários felizes apresentam um eNPS (Employee Net Promoter Score) de +37,32, o que os torna embaixadores de suas empresas. Já funcionários insatisfeitos registram um NPS de -28,57, refletindo desengajamento e desmotivação.

Ainda no âmbito do NPS, funcionários com equipe sob sua gestão apresentam um NPS positivo de +13,82, enquanto aqueles sem função de liderança têm um NPS negativo de -5,57. Isso reforça a importância de líderes que não apenas gerenciam, mas também inspiram, apoiam e fornecem um propósito claro para suas equipes, aponta a pesquisa.

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Segundo o relatório, fatores emocionais têm maior peso que os fatores organizacionais na felicidade no trabalho. Propósito, autonomia e bem-estar emocional são os principais motivadores, enquanto remuneração e relacionamentos são supervalorizados em termos de impacto real.

Em relação ao engajamento, o relatório demonstrou que:

As gerações mais jovens apresentam menor nível de comprometimento. A geração mais comprometida é a dos Baby Boomers (acima de 55 anos);
O modelo híbrido estimula mais o comprometimento do que os modelos remoto ou presencial;
Liderança e tempo de atuação na empresa influenciam diretamente o nível de comprometimento.

Na próxima coluna, continuarei a abordar a pesquisa. Vale ressaltar que o propósito é uma forte âncora de felicidade e que você já pode refletir se o propósito da sua empresa está gerando mais felicidade ou infelicidade para as pessoas.

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