A poderosa relação do CPF e do CNPJ

Outro dia recebi de uma amiga e cliente a foto de um slide de uma aula de uma das melhores escolas de negócios do mundo que falava a diferença entre o capital humano (aquele que a organização construiu) x capital social (aquele que pertence a cada indivíduo).
Nesse conteúdo, o palestrante citava as possibilidades de relacionamento dos indivíduos dentro e fora da hierarquia da empresa entre cargos operacionais e estratégicos e é sobre isso que quero falar com vocês hoje na coluna “Espiritualidade nos negócios” desta semana: a importância dos CPFs para as organizações.
Eu sempre cito a diferença de regra e princípio nas diversas intervenções que faço e uma coisa que fica muito clara é que todos captam rapidamente a mensagem: a regra não pode ser maior que o princípio. Se isso acontecer, ela gera mal-estar, desalinhamento e não engaja as pessoas.
Por isso, a conexão entre indivíduos é um princípio muito poderoso e não deve ser desprezado por ninguém. A forma como um indivíduo trata a sua rede, cumpre com consciência as regras da empresa, relaciona com as pessoas, dentro ou fora do contexto organizacional, reverbera inconscientemente na imagem da empresa e as pessoas acabam associando à empresa aquele comportamento, afinal as relações regem todos os princípios.
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Assim, é importante que os indivíduos prestem atenção em seus comportamentos, independentemente com quem fala, pois o mercado é muito pequeno e a conta chega para comportamentos inadequados. Por isso, nas relações com as pessoas, profissionais, fornecedores, acionistas, clientes e toda a cadeia, nunca se esqueçam da sua postura como CPF.
Um negócio, um CNPJ, é a soma de vários CPFs e quanto mais indivíduos com comportamentos éticos (principalmente a ética do travesseiro) ressoa não só na sua carreira, mas também na imagem coletiva da organização.
Atualmente existem plataformas que mapeiam este capital social na empresa e que elege o grau de colaboração dos diversos papéis e podem apontar os comportamentos ocultos do capital social, como:
- Número de interações com determinados clientes, apontando como está a relação com os mesmos;
- Ausência de retorno a um processo de venda de um fornecedor (negativo ou positivo);
- Não cumprimentos dos prazos de pagamento (dentro das políticas e condições anunciadas pela empresa);
- Ausência de retorno a candidatos que não foram aprovados no processo de recrutamento e seleção;
- Quantidade de reuniões não necessárias para solução de determinado problema;
- Depreciação e julgamento de pessoas de qualquer natureza.
A lista é infinita, mas não se iluda que você não está sendo constantemente observado pelo seu comportamento. E lembre-se: Fé é diferente de hábito. A fé está na sua mente, nos seus pensamentos; o hábito é comprovação de que ela se torna realidade e compõe a imagem do seu CPF.
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